segunda-feira, 6 de julho de 2020
domingo, 5 de julho de 2020
Dá-me um beijo
Dá-me só mais um beijo
minha querida linda morena,
satisfaz-me este meu desejo
vontade que não é pequena
Afinal que te custa um mais
foram tantos os que me deste,
teus beijos são doces florais
das emoções que me teceste
Vá lá, não sejas assim vaidosa
a não ser que não me queiras,
ainda ontem estavas amorosa
sob o perfume das laranjeiras
José Carlos Moutinho
5/7/2020
sábado, 4 de julho de 2020
Que não te disse
Não sei das palavras que não te disse,
o tempo levou-as na aragem do deserto
em que nos transformaste,
por vezes, parece-me ver-te em miragem,
mas quando fixo o horizonte,
já não te recordo,
sinto-te nuvem de alvura perdida,
vento em desalinho
e muito raramente, brisa,
ou onda perfumada de cheiro de mar
que foste...
ficaste-me na lembrança
pelo que não te disse,
porque as palavras esfumaram-se
quando nos ausentamos
dos abraços
4/7/2020
#Poema à vida
Poema à vida, que enalteço agora
por tudo o que ela me tem dado
que a felicidade não vá embora
continue eternamente a meu lado
Os caminhos colocam-se a nós
temos de os escolher serenamente
entre os que são contra ou os prós
procurando conviver com boa gente
José Carlos Moutinho
4/7/2020
sexta-feira, 3 de julho de 2020
O mal não estava na gaivota
Perguntei à serena gaivota
que no meu quintal descansava,
o que fazia ela à minha porta
se até ao mar, muito distava
Ela olhou-me, achando-me idiota
por lhe colocar aquela questão,
porque, se não fala, a gaivota
como poderia responder, então
Levantou voo a gaivota a grasnar,
ignorando-me com tal displicência
que, confesso, me deixou a matutar
se eu estava imbuído de demência
José Carlos Moutinho
3/7/2020
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Outros tempos
Respiravam-se ilusões
sonhava-se de olhos abertos
fervilhavam as emoções
caminhava-se por desertos
quando eram escusa as paixões
Eram muitos os sentimentos
que a juventude acalentava
alguns feitos de tantos lamentos
outros, belos que a alma cantava
fugazes, porém, levados pelo ventos
2/7/2020
Foto tirada de um 7º andar da Avenida Marginal,
com a Baía de Luanda ao fundo
quarta-feira, 1 de julho de 2020
Era...
Era um tempo de perfumes de coco, manga e maresia
que se colavam nos sonhos de juventude
de onde brotavam paixões e amores
alguns realidade, outros platónicos
era um tempo de inocência e rebeldia
de atrevimento e timidez.
Era...foi...tudo acabou,
aconteceu mutação provocada pelo tempo,
sem retorno e que, inexoravelmente,
vai a caminho do desconhecido....
1/7/2020
terça-feira, 30 de junho de 2020
O poema é o que o poeta quiser
Não sei se escreva poemas
ou, talvez me dedique à pintura,
quando entendem que os temas
são queixas com alguma tortura
Assim, uma vez mais vou dizer,
poesia é sorriso e choro do poeta,
como tal o tema não tem que ser
o que o leitor pensa e arquitecta
Não escrevo as minhas dores
pois não me exponho ao mundo,
os poemas são espinhos e flores
alheios a mim, não me confundo
Então ao lerem a minha escrita
não se compadeçam de mim,
não sofro de qualquer desdita
pensem-me em constante festim.
30/6/2020
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Palavras que falem
...
Gosto que as palavras me falem
apesar de serem tão silenciosas
deixam que os versos não calem
poemas de estrofes harmoniosas
jcm
29/6/2020
Caminhante
...
Caminhante da vida que passas altivo
quem te pensas, humana pessoa
pois, não és nada mais que um silvo
da passagem do tempo que por ti voa
jcm
29/6/2020
Choram as aves
...
Porque choram as aves
se o sol ilumina os dias
o luar tem azuis suaves
e as cores são luzidias?
jcm
29/6/2020
sábado, 27 de junho de 2020
Tez morena
Calavam-se as palmeiras
quando por elas, passava,
tantas eram suas maneiras
que a todos ela ofuscava
Era bela de tez morena,
cabelos negros de azeviche,
não era alta nem pequena
mas provocava doce fetiche
A sua beleza parava o mundo
quando caminhava a gingar,
ai, o seu perfume tão profundo
deixava toda a gente a suspirar
Faz tanto tempo que não a vejo,
talvez tenha casado ou não
juro, adorava dar-lhe um beijo
só para saber qual a emoção
27/6/2'020
sexta-feira, 26 de junho de 2020
quinta-feira, 25 de junho de 2020
quarta-feira, 24 de junho de 2020
terça-feira, 23 de junho de 2020
segunda-feira, 22 de junho de 2020
domingo, 21 de junho de 2020
Asas dos sonhos
Voar nas asas dos sonhos
será de felicidade ou de dor,
se os sonhos forem risonhos
certamente cantarão o amor
Se os sonhos forem desatino
nossa mente pede salvação,
ansiamos sair daquele destino
que sufoca nosso pobre coração
Ai os sonhos, coisa estranha,
indefesos, não os controlamos,
se dormirmos usam a façanha
de nos usar e não reclamamos
José Carlos Moutinho
21/6/2020
quinta-feira, 18 de junho de 2020
quarta-feira, 17 de junho de 2020
Não grites
Não grites ao vento
ele ignora-te, simplesmente,
e depois gritar não é bonito,
sorri-lhe e verás que o vento
se tornará brisa, só para te beijar,
os ventos são os braços do tempo
que te desejam abraçar,
a brisa, o beijo que sacia
a fome do teu desejo
José Carlos Moutinho
17/6/2020
terça-feira, 16 de junho de 2020
As palavras são o que quisermos
Não sei se perco meu tempo
ou se o ganho em escrever,
onde estou nem ouço o vento
por isso não vos sei responder
Escrevo, escrevo sem parar
como se o tempo acabasse,
será uma maneira de curar
esta paixão antes que passe
Por vezes, coisas sem graça
como se graça eu pretendesse,
então faço disto uma chalaça
se por acaso ninguém a lesse
José Carlos Moutinho
16/6/2020
domingo, 14 de junho de 2020
Aqui me confino
Porque ainda aqui me confino
queria escrever um poema
mas se eu sempre desafino
como conseguir encontrar tema...
Assim, deste modo me acato
fico somente com estas estrofes
não quero escrever ao desbarato
nem sequer ficar sem os bofes
José Carlos Moutinho
14/6/2020
sábado, 13 de junho de 2020
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Que por mim passou
Sou o tempo que por mim passou
nos dias que me sorriram,
e nas tardes que me criticaram,
pelos meus caminhos de antanho
que se estenderam aos actuais,
fui e sou tropeços inesperados
e cansaços sofridos,
beijos dados em noites de luar,
paixões levadas nas asas do vento,
amores sentidos
e amores escusados,
sou o barro que o tempo moldou
na essência da minha existência,
sou o sonho que o tempo não controla,
porque sou rebeldia
na contrariedade
e fraternidade nas atitudes!
Talvez se o tempo não fosse tão célere
algo de mim fosse diferente,
mas a minha frágil condição humana
esculpiu-me à sua imagem.
José Carlos Moutinho
8/6/2020
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
Ver esta publicação no InstagramUma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a