sábado, 28 de dezembro de 2024

# VEM EM PAZ…2025

E mais um ano se aproxima
trazendo o sonho da esperança
que esteja imbuído no seu clima
de muita paz e eterna bonança

Cada dia dos tantos de cada mês
sejam perfumados pela alegria
o realizar não seja simples talvez
porque viver é, também, poesia

2025 é o tal que está a chegar
deixando 2024 cansado para traz
que o novo conheça o verbo amar
e que traga ao mundo muita paz
 
Eu que não sou de meias medidas
desejo a todos saúde e felicidade
vamos por aí alegres com cantigas
mostrar que o amor é a verdade
 
José Carlos Moutinho 
28/12/2024

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

# VENHA 2025, EM PAZ


As festas vão chegando ao fim
Natal já se foi, ficou a saudade,
Novo ano vem chegando, enfim
que traga saúde e paz de verdade

Que a loucura de doidos varridos
termine pela força da serena paz
que abraços sejam gestos sentidos
em amor e humildade que apraz
27/12/2024

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

# Natal, utopia?

Lembro-me de ti, menino abandonado,
e de ti, despojado de roupa, de sustento e
de alma,
e lembro-me, também, do soldado que morre
por ignorância e despotismo de ditadores!

Nesta data, dita festiva, que é, realmente,
não o é, todavia, para todos, infelizmente!

Há os desvalidos abandonados pela vida,
e, quantas vezes, pelas famílias,
que ao frio, sobrevivem
às tempestades de coisas nenhumas!

Lembro-me daquelas crianças que nada têm
e das outras estragadas por tanto terem…

Natal: É cristandade, humildade e beleza pelo nascer da humanidade, porém, que significado tão utópico e tão injusto!?

A cada ano, sonha-se e deseja-se um Natal
cada vez melhor, na sua real interpretação,
mas, lamentavelmente, a cada ano, nada melhora
tudo se modifica para pior:
desumanização, hipocrisia, falsidade, guerras e mortes… 

Em cada Natal, a esperança renasce, tímida, 
por entre as cinzas da desigualdade e da injustiça!

José Carlos Moutinho 

17/12/2024

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

# Palavras com sentimento do Natal


As palavras são armas silenciosas
que, displicentes, deixam-se manipular,
o perigo está em quem as usa
se não tiver discernimento na sua utilização

Assim acontece com a chuva
que de tão benéfica,
por vezes, torna-se destruidora

Tal como na boca da humanidade
as palavras oram queimam, ora amam
num estranho, mas real paradoxo


E é no Natal, que a transformação social
toma um cariz deveras incompreensível,
tantos dos que passam o ano a vociferar
e a prejudicar os outros,
assim, nos poucos dias desta época,
usam as palavras com a ternura que jamais sentiram

Ai, as palavrastão belas, tão serenas, tão silentes
quantas vezes se ausentam do amor e da realidade
 
José Carlos Moutinho
12/12/2024

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

# Em jeito de reflexão


Sempre assim foi...
…nas curvas do tempo
e nos espaços dos minutos,
os pensamentos voavam
saltitando como colibris em polvorosa!

E também assim foi...
…nos luares da vida
nasciam tímidos os sonhos da ilusão
que se esgueiravam
pelas brisas dos sentimentos!

Mas nem sempre assim foi...
…que os sonhos e as ilusões
se realizassem, ao sabor das vontades
e se aconchegassem na felicidade dos dias!
Tempos houve,
que nem sonhos nem ilusões floriram,
mesmo em dias ensolarados,
porque os anseios fraquejaram
perante as dificuldades criadas
pelas intenções alheias!
 
Mas o que foi, já foi...
…o que há agora
é um manancial de resultados
jamais imaginados,
que fizeram subir ao pódio dos sucessos
a sensibilidade de um carácter simples
que na sua resiliente luta
nunca se deixou abater
ante os sopros bravios dos mares ocultos!
 
Podem ter-se extinguido as ilusões,
mas não os sonhos,
que, nas marés mansas da felicidade,
navegam à bolina
da alegria de viver as palavras da escrita
 
José Carlos Moutinho
11/12/2024
Portugal

 


segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

#Três simples quadras

Agitavam-se sussurrantes os caniçais
junto ao caminho que eu percorria
no charco coaxavam rãs, bichos mais
lembrei-me agora com certa nostalgia

Que tempos inesquecíveis de outrora...

não é saudade, mas sim simples reviver
porque este tempo que se vive agora
tão perturbado, até nos faz esquecer

Era eu, pois, tão pequeno tão menino
comigo caminhava sempre a felicidade
sereno quase sempre, por vezes ladino
deste modo lembro eu minha realidade

José Carlos Moutinho
9/12/2024
Portugal

domingo, 8 de dezembro de 2024

# Os anos

Passam silenciosos, como brisas,
os anos do nosso viver,
velosos como segundos,
em tropel displicente
pelos corcéis insensíveis
das horas!
 
Depois...
talvez em desenfreada competição
um após outro,
indiferentes às flores coloridas,
à fragância da maresia,
ao chilrear das canoras aves,
ao rumor agitado das árvores…
 
ignorando tudo e todos
voam como luz
puxando os que têm a felicidade
de os acompanhar…
 
Outros…
entregues a opaca e inexorável sorte,
vão-se desligando do calendário da vida
numa fatalidade, que, certamente,
nem os anos serão culpados…
 
Quem tiver a benesse
de poder ir contando um a um
dos 12 do seu anuário,
dará, obviamente,
tal como eu…
 
Graças à vida
e aos anos que me têm acompanhado
ou, talvez…
seja eu o feliz acompanhante!
 
José Carlos Moutinho
8/12/2024 
Portugal

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

# Versos vadios

Caminhos percorridos
por sentidos anseios
foram sonhos vividos
ousadias sem receios

Imaginava-se o sonho

tempo negro cansado
até o sol era medonho
dor do viver desfasado

José Carlos Moutinho
4/12/2024

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

#Caminhei

 

  
... 𝐂𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢 𝐩𝐨𝐫 𝐜𝐡𝐚̃𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐦 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐫𝐮𝐚𝐬 𝐟𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐟𝐚𝐦𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯𝐞𝐬𝐬𝐞𝐢 𝐚𝐯𝐞𝐧𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐥𝐞𝐧𝐝𝐨𝐫 𝐯𝐨𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐩𝐚́𝐬𝐬𝐚𝐫𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐜𝐞́𝐮𝐬 𝐧𝐚𝐯𝐞𝐠𝐮𝐞𝐢 𝐭𝐚𝐥 𝐦𝐚𝐫𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐦𝐚𝐫𝐞𝐬 𝐧𝐚𝐯𝐞𝐠𝐚𝐝𝐨𝐬... 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐬𝐨𝐮 𝐞𝐮, 𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥? 𝐔𝐦 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐞𝐦 𝐯𝐢𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚́𝐫𝐢𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐮𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐡𝐮𝐦𝐚𝐧𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐢𝐫 𝐓𝐞𝐧𝐡𝐨 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨, 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚, 𝐞́ 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐧𝐚𝐬 𝐯𝐢𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐫𝐝𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬. 𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨 𝟐𝟓/𝟏𝟏/𝟐𝟎𝟐𝟒

sábado, 23 de novembro de 2024

#Gosto da utopia

 

Gosto da utopia

Faz-me sentir um ser sonhador,
não é que me desagrade a distopia
mas, para mim, não é a mesma coisa
o mesmo sentimento, a mesma emoção

sei lá, não tenho explicação,
só sei que me agrada imaginar-me
na acalmia de um riacho
pensando-me corrente sem destino

por vezes, sinto-me vento inquieto,
então sopro para bem longe
as vicissitudes desta vida
forçando-as a encontrarem
o caminho da racionalidade…  
 
até já me senti, imaginem,
árvore e ave em simultâneo
numa partilha de amizade
em total harmonia,
ramos agitados pela brisa
enquanto o chilrear melodioso da ave
acompanhava aquela dança!
 
Claro…dirão alguns:
que coisa mais patética,
onde já se viu, alguém ser tudo
o que atrás foi descrito?!
 
Responderei com todo o gosto
pela minha convicta assertividade,
de que poderei sim,
ser tudo o que eu imaginar,
porque tenho a capacidade
de me envolver, ingenuamente,
pelos caminhos sensíveis do pensamento
levando-me a viajar, feliz, pela utopia
 
José Carlos Moutinho 
23/11/2024



segunda-feira, 18 de novembro de 2024

#Tempo que já foi meu

 
Acreditem houve um tempo
que foi realmente só meu
mas partiu nas asas do vento
deixou-me em noite de breu

É sempre assim com o tempo
faz o que quer, com egoísmo
depois, claro fica-nos lamento
perante tanta falta de civismo

Quando me decido a enfrentar
a atitude arrogante, autoritária
ignora-me o que me faz pensar
se ele acha toda a gente otária

Olhem, sabem que mais eu digo
perdi a vontade de o controlar
não vá ele deixar-me de castigo
tirar-me o tempo que me restar
 
José Carlos Moutinho 
18/11/2024



terça-feira, 12 de novembro de 2024

#Ignorem os palermas

 

De vez em quando um desequilibrado
ou desequilibrada, talvez, já nem sei
se lembra de ter nosso nome copiado
acham graça, porque eles não têm lei

Amigos avisaram que estou duplamente
aqui e no WhatsApp com a mesma foto,
só pode ser de gente pouco inteligente
quiçá, doente mental, ou algum garoto

Gente da minha página, ignorem pedidos
que desses energúmenos vos aborreçam
só tenho uma página, e é de bons amigos,
esses tristes são a atitude que expressam
 
Será uma brincadeira muito aparvalhada
de se fazerem passar por quem não são
já passou a ser uma coisa descontrolada
que o Facebook terá de colocar a mão
 
José Carlos Moutinho 
12/11/2024

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

#A Angola

Dia 11 de Novembro foi o fim
de tanta gente que lá viveu
a guerra secou o belo jardim,
plantado por quem lá nasceu

Assim é, dos homens a ganância

que tudo transforma pro mal
depois de absoluta abundância
restou um triste e vazio quintal

Embora tudo já seja História
que da memória jamais sairá
perdeu-se tudo, triste inglória
ficou somente a saudade de lá

Que Angola festeje em paz
este seu dia de independência,
que tenha a capacidade capaz
de o povo viver com sapiência

José Carlos Moutinho
11/11/2024

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

#MOMENTOS DE FELICIDADE

#Mar de sonhos

 

Sinto-me navegar em mar de sonhos
numa canoa de metáforas,
os versos são remos de emoções,
impulsionados pela força das palavras…

Em alto mar, vislumbro o horizonte
que está bem longe, onde o sol se espelha,
vibra dentro do meu peito
agitada ânsia de lhes tocar,
mas o sol e o horizonte são intocáveis!

A mim, simples navegador,
resta-me o privilégio de poder admirar
tanta beleza que, graciosamente,
me é oferecida.

E neste meu mar de ilusões
invento mundos e gentes
e tudo o que à minha mente
a inspiração me concede,
porque este mar de que falo
é feito de sonhos e esperanças
onde as marés são abraços
as ondas, carícias
que em espuma
beijam a areia da praia
do meu sentir
 
José Carlos Moutinho
30/10/2024 
Portugal


terça-feira, 29 de outubro de 2024

# Bem sei...


Bem sei que o tempo é implacável
que não se preocupa com tristezas
tampouco com alegrias ou grandezas,
bem sei que o tempo é inexorável

O sol que me bafeja e ilumina a cada dia

dá-me coragem para enfrentar agruras
desviar-me de obstáculos, com ousadia
porque está em mim, ignorar amarguras

José Carlos Moutinho
10/9/14

domingo, 27 de outubro de 2024

# Uma pequena História

Num certo dia, surgido de um sonho jamais sonhado, aconteceu o milagre da escrita, que, em líricos versos, formados por palavras aconchegadas em estrofes, tímidas, ingénuas, mas, num paradoxo inexplicável, simultaneamente ousadas, atrevidas, como se a vontade de escrever estivesse sempre latente na mente daquele jovem de 15 anos, o poema nascia...veemente, apaixonado, rebelde...
Tantos anos depois daquele sonho que nunca acontecera...realizaram-se outros sonhos que, com resiliência e luta por uma posição nesta caminhada pelas palavras que vestem livros, conseguiram um lugar ao sol da realidade, publicados que estão 15 títulos, em 14 anos. Muito em breve, o 16ª.
Parabéns àquele menino de outrora, pela sua coragem de jamais desistir.

José Carlos Moutinho
27/10/2024


quarta-feira, 23 de outubro de 2024

# TEIAS DA VIDA

Dizem que sou teimoso

já há muito eu sei disso
como não sou mentiroso
esta teimosia tem feitiço

Disse para mim e todos
que me estavam a ouvir
não foi pra criar engodos
mas pensando no porvir

O quê pergunta alguém
claro falo de livros, pois
já cansado deste vaivém
após tantos anos depois

Depois do meu primeiro
que chegou em fevereiro
do longínquo ano de 2011
quase na época do bronze

Mas não é que o tal feitiço
abusador voltou a desafiar
que eu tenho compromisso
de escrever até me finar

Assim, obedeci e em breve
um livro mais virá ao mundo
sou o teimoso que se atreve
a este arrojo tão profundo

Será ele de Contos e poemas
é a vida contada com emoção
haverá, ainda, outros temas
TEIAS DA VIDA, nato da paixão

José Carlos Moutinho
23/10/2024



terça-feira, 22 de outubro de 2024

# Só para entender...

Ela gritou ele gritou muito mais
sem conseguirem se entender
são dessas atitudes tão anormais
que ridicularizam o compreender

Harmonia é o melhor caminho,
que a vida oferece diariamente
vejam lá se não é tão bonitinho
conviver, sorrindo alegremente?

José Carlos Moutinho
22/10/2024

#Perseverança

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

#O poema é alegria

 

O poema quer calar a tristeza
na palavra colorida de emoção
existe no verso imensa beleza
que, serena, brota do coração

Se a rima é feita com peixão corre um caudal de metáfora como um rio de serena ilusão pelo leito despido de anáfora

Caminha a palavra pé ante pé
na alameda florida da estrofe
assim num vaguear de boa fé
em total e animado rega bofe 

E por aqui me fico silencioso
pensando nesta obra escrita
embora eu não seja vaidoso
creio ter deixado coisa catita 

José Carlos Moutinho

21/10/2024

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

#O Pardal

 Descobri, por acaso, no Baú das coisas quase esquecidas.


O Pardal

Era um pardal sem pedigree que, teimosamente esvoaçava entre os seus pares, que, vestidos com as cores dos mais belos rouxinóis o desprezavam. Mas o pardal temerário voava sem parar, cada vez mais, em voos ainda mais altos.
Um dia, todas as doutas aves se reuniram num congresso de diversas cores e raças e, condescendentes chamaram o pardal, dizendo-lhe:
-- Ouve lá ó pardal, foste insistente numa teimosia e persistência invejáveis, com esse teu obstinado voar; por isso, analisámos os percursos dos teus voos e decidimos considerar-te um dos nossos.
E todas as coloridas e ilustres figuras aladas, ovacionaram o desengonçado, mas corajoso pardal.
E foi assim que o pardal feio, de asas cinzentas, foi admitido na corte dos privilegiados vertebrados endotérmicos, voando alegremente em grupos fraternos, em chilreados de humildade e amizade.

José Carlos Moutinho
18/10/16

terça-feira, 15 de outubro de 2024

#As palavras (Coisas maravilhosas)

 

Palavras ocas sem sentido
voadas nas asas da mentira
são laivos de ruído perdido
ou emoções de quem delira

O sentir intenso da palavra,
é de caracter probo, nobre
é grandeza de florida lavra,
dignidade que se descobre

Aquele grupinho de letras,
que se entregam submissas
à verdade ou até às tretas
serão tudo, jamais omissas
 
José Carlos Moutinho 

15/10/2024

domingo, 13 de outubro de 2024

#Isto de escrever…

Por um acaso aconteceu
ou talvez, pelo destino,
que a escrita me ofereceu
assim em jeito de desatino

As palavras como cerejas
surgiam do nada ou sei lá
juntavam-se sem invejas
em rimas e estrofes blablá

A verdade é que sucedia
versos nascidos do nada,
até fazia lembrar a poesia,
como se fosse uma jogada

E lá ia eu, armado em bom
palavra aqui, rima logo ali
num brincar de bom tom
pois poesia jamais aprendi 

Então, intrigado, eu pensei
esta emoção que me afecta
será dom ou louco estarei
ousando pensar-me poeta? 

José Carlos Moutinho

13/10/2024

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

#Consciência ou Subconsciência

 

Nos pensamentos vadios
que, errantes, se perdem no silêncio
e escondem a voz inquieta
que luta pela liberdade do sentimento,
há todo um conflito de emoções
que levam a mente ao esmorecimento
ou, pelo contrário,
entrega-se a uma profunda catarse!
 
Os pensamentos como líderes da liberdade
Não há nada nem ninguém
Que consiga obstaculizá-los no seu divagar
 
São tão soberanos e altivos como o vento,
mas também, serenos, como brisa,
podem ser românticos
imbuídos de paixão,
ou vestidos de tresloucado amor
 
A mente, apesar da sua força,
tem, digamos, certa incapacidade…
pode ser consciente e dominar o pensamento
ou alheada da possibilidade de sentir o que pensa!
 
Então, simplesmente,
deixemos vadiar os pensamentos
pelas silentes galáxias,
e demos graças ao Universo
por termos a felicidade de pensar.
 
José Carlos Moutinho
8/10/2024 
Portugal

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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