sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cores da saudade

Num domingo tudo terminou;
O efémero fez-se presente
No tempo de teu amor.
Agora,pinto tua imagem
Na tela de minha memória,
Com as cores da mágoa,
Desilusão e saudade.
Na paleta da realidade,
Vejo como frágeis
Eram as tintas
De teu sentimento;
Bastou uma simples água
De discórdia,
Para tudo se apagar.
Foi uma ilusória pintura,
Com tons de falsidade,
Neste quadro de paixão.
Quiçá, um dia...
Uma suave brisa,
Traga noticias de outrora.

J.C.Moutinho

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Desalento

Caminha pela rua,
Calçada, de pedras frias
Como frios
São seus sentimentos.
Vai em busca do impossível,
Encontra o vazio da esperança.
Nada!
Desalento
Numa vida triste
Sem sentido.
Até o sol,
Lhe nega o brilho
De sua luz,
Neste dia pálido,
Mas continua,
Inexorável.
É envolvido por flores
Da alegria.
Sorri,
Sorriso tímido,
Descrente.
As folhas das árvores
Roçam-lhe o rosto,
Querendo estimulá-lo
Para a vida
Caminha...
Cansado, pára
Pensa,
Reflecte
E volta a ter fé
Para  continuar a lutar,
Pela felicidade.

J.C.Moutinho

Se eu fosse poeta

Se eu fosse poeta...
Escreveria nossa história de amor,
Com as estrelas do céu
Sobre a branca neve do encantamento.

Pediria à lua,
Para que seu manto te iluminasse,
Sempre que a noite chegasse,
Para eu te contemplar.

Se o inverno chegasse,
Ao sol eu exigiria,
Que seus raios te aquecessem.

Se eu fosse poeta...
exigiria às chuvas,
que abrissem caminho
Para que pudesses passar.

Ai, se eu fosse poeta...
Terias o mundo a teus pés,
Como uma rainha
Que és,
Do meu coração. 

Se eu fosse poeta...
Serias a minha fonte de inspiração! 

J.C.Moutinho

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Assim seja!

Neste céu de liberdade
Cavalgo as nuvens da esperança,
Passo por estrelas de felicidade
Abraço os astros da bonança.

Por um raio de luz,
Os Deuses baixaram à terra.
Aqui, agora, tudo mudou;
Os homens são mais solidários
Corações mais alegres;
A luz de cada dia
É como um sinal de mudança;
Revive-se o amor, em cada luar
O futuro é agora, presente;
Gente de mãos dadas,
Em fraternidade;
O esplendor da lua e do sol,
Neste oásis de paz;
Vendavais e tempestades
Uniram-se,
Para tornarem este mundo...
Um mundo melhor.
Assim seja!

J.C.Moutinho

domingo, 28 de novembro de 2010

Utopia

Aquele quarto,quente
De repente
Tornou-se frio.
O pólen do teu amor
Secou
Como secou tua paixão.
Ventos gélidos levaram
Teus sentimentos,
De tão frágeis eram.
Nunca imaginei que o sol,
Que teu olhar irradiava...
Não passasse de quimera.
Foste pálida ilusão,
Na minha iluminada paixão;
Teu amor
Foi gota perdida
No mar de meus sentimentos;
Foste uma brisa fria
Que passou por mim.
Mutilaste o melhor de minha alma
O amor sincero por ti.
E aquele quarto,
De momentos sublimes,
Tornara-se uma provação.
Tuas juras de amor,
Eram somente
utopia.

J.C.Moutinho

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Serei a liberdade

Quero soltar as amarras
Deste barco de resignação,
Agarrar fortemente as ondas da vida
Qual forcado nos cornos do touro,
Despir-me de complexos e frustrações,
Fazer ecoar por vales,
O grito que sufoca meu peito,
Nesta acomodação doentia,
Quero correr por florestas
Cujas folhas rocem meu rosto,
Como partilha de compreensão,
Quero ser embalado pelo cântico das aves,
Quero libertar-mede mim próprio,
eliminar angustias e traumas,
Quero que o mundo saiba
Que sou outro,
Reencarnação da liberdade,
Serei a liberdade.

J.C.Moutinho

Tempo do meu tempo

Mergulho nas minhas saudades,
Recuo no tempo...
Bebo da fonte de minhas memórias,
...Revejo momentos inesquecíveis
Na tela do meu tempo, rebelde.
Tudo em meu redor, sorria
Era um tempo em que havia tempo
Para amar,para viver,
Na ânsia do advir
Eram quimeras, sonhos sonhados
Irracionais de paixões,
Era um tempo de loucura
Viver cada dia,
Como se do ultimo se tratasse.
O atrevimento do primeiro beijo
Furtivo, arrojado.
Tempo do primeiro amor
Da inocência aliada à ilusão
De tudo saber.
Era o despertar para a vida,
Sofrida...
Ou não!



J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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