domingo, 19 de dezembro de 2010

Vens com a noite



Vens com a noite,
Discreta, suave e misteriosa,
Trazes o luar nos teus olhos;
Teu beijo, como pétala delicada
Roça meus lábios, docemente;
Aconchegas-te no meu peito
E ficamos em devaneio, abraçados;
Gozamos cada minuto,
De todo o nosso tempo
E esse tempo leva-nos a sonhar;
Embalados por Morfeu,
Viajamos por vales da serenidade,
Subimos as montanhas da felicidade,
Transpomos montes de ilusões,
Navegamos por rios de emoções,
Voamos pelos céus das paixões
E nossos desejos tornam-se realidade;
É o amor na sua força encantada,
Que nos leva a um sossego,
Inconsciente do prazer.

J.C.Moutinho

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quietude



Quero a tua tranquilidade,
Sem a mínima inquietação...
Nosso amor é serenidade,
Deixemos os instintos do coração.

Destino deu-nos a oportunidade,
Com ardor e discernimento...
Temos de dar continuidade,
A este profundo sentimento.

Quando o momento chegar
De nosso encontro apaixonado...
Certamente será de vibrar,
Porque é imensamente ansiado.

As coisas acontecem,
Sem a mínima explicação...
O importante é que elas aquecem,
Nossa bela relação.

Foi em Dezembro passado,
Que a mágica se deu...
Vi tua foto, fiquei intrigado,
Haveria algo entre ti e eu.

J.C.Moutinho

Voltarei


Voarei nas asas do meu desejo,
Retornarei aonde fui feliz
Absorverei, prazeres sentidos
Momentos vividos,
Paixões tornadas ilusões;
Degustarei paladares esquecidos,
Amores perdidos;
Voltarei a sentir a ternura
Das noites de luar;
Dos pensamentos que voavam
E se perdiam nas consciências
Dos inconscientes,
Da minha juventude inocente,
Mas cheia de esperança;
Quero voltar
A ser acariciado pelas ondas
De um mar
Que um dia foi meu;
Aquecer-me-ei com o sol
Da minha felicidade;
Quero olhar, quem me olhava
Com paixão e amor;
Que os cheiros
Voltem a ser aspirados
Com a mesma avidez de antes;
Apanharei as folhas secas
Dos meus sonhos
E gritarei ao mundo
Que afinal estou vivo
E feliz.

J.C.Moutinho

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Memórias de um tempo


Lembranças das memórias de um tempo
Anseios em mim, tornados ilusões
E desilusões;
Caminhos da minha meninice,
De saudades sentidas;
Ruelas tortuosas de momentos,
Menos felizes;
Do querer ter e não ter,
Do olhar e não obter;
Da frustração
Da desigualdade do mundo;
Silvas das amoras do meu prazer
E do meu viver;
Era um tempo em que o céu, por vezes
Na carência, nublava;
As distancias, que achávamos longas,
São hoje, tão curtas;
As bolas de trapo,
Com que jogávamos futebol;
As brincadeiras inocentes,
Que nossas almas infantis desfrutavam;
Eram tempos de um tempo difícil,
Mas feliz;
Os gestos, as palavras,
O carinho de mãe
Tudo superava;
Até o sol tinha mais brilho
Naquele tempo;
Era a felicidade de nada ter
E tudo ter
Amor

J.C.Moutinho

Uma vontade


Ilumina-se a Terra,
Chovem estrelas de fraternidade,
O sol tem mais brilho,
É mais límpido;
O luar é mais luminoso,
Mais romântico;
As pessoas sorriem,
Cantam,
Confraternizam,
Partilham,
Acabou a fome;
Uniram-se as pessoas do globo,
Falam uma língua universal única
A do amor;
Acabaram-se as guerras,
O ar que se respira é mais puro.

Afinal, o que aconteceu,
Milagre, sonho?
Não!
Somente a utopia de um desejo
Uma imensa vontade
De que fosse realidade

J.C.Moutinho

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Porque te escondes?



Por que te escondes no casulo da indiferença
Se a tua vontade é estar junto de mim?
Por que teimas em evadir-te
Se isso é impossível?
Tu e eu somos um só,
Um amor,
Dois corpos,
Duas almas
Numa paixão.
És o cálice da flor
Da qual eu sou a raiz.
Temos as pétalas, como frutos
Das nossas vontades,
Dos nossos desejos.
Vem, vamos alimentar-nos da seiva
Que brota destas flores.
Deixa que as tempestades passem,
Espera pela primavera
E encontrar-nos-emos no verão das nossas vidas.
Passaremos todos os invernos juntos
Numa paixão avassaladora e durável.
Só tu e eu...
O mundo pode acabar.

J.C.Moutinho

domingo, 12 de dezembro de 2010

Vida




Sentado num penhasco em frente do mar,
Dispo-me das banalidades do dia a dia…
Deixo vaguear languidamente o meu olhar
E esta visão é total e doce acalmia.

O teu beijo, embalado no soprar do vento,

Sussurros das ondas são as tuas carícias,
Lá longe, no horizonte, o arco-íris…
As suas cores são como prenúncio de paz;
Vermelho, a luz da beleza do viver;
Laranja simboliza a cura dos nossos males;
Amarelo do sol, calor da nossa alma;
Verde, a cor que felizmente nos acalma;
Azul tem toda a arte da ilusão;
Lilás, tranquilidade do nosso espírito.

Extasiado, quedo-me fascinado,

Deslumbrado com este mar imenso,
Aspiro avidamente este ar intenso,
Esplendor encantado de pura beleza,
Milagre divino da natureza.

Deito-me sobre o teu manto, azul

Sou levado na tua oscilação,
Sonho com o amor, com a paixão
Bem presente que és tu, VIDA.

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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