terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Coração errante



Vai coração vagabundo, irrequieto, louco,
Leva-te por ruelas e caminhos por aí fora,
Deixa-te envolver em tudo, um pouco
Não deixes que teu espírito indomável vá embora.

Segue o teu trilho de desvarios,
Mas acautela-te nos perigos da falsidade,
Porque tua alma calorosa, sensível, sofre;
Faz com que o mundo se torne mais belo,
Mas conserva tua maneira de ser;
Solta-te, sem preconceitos,
Nem complexos;
Deixa que falem,
Não importa o que dizem,
Não estás fazendo nada…
Somente queres amar e ser amado;
Liberta-te da escuridão dos descrentes                                 
E vem conversar ao luar desta vida bela,
Aquece-te com o calor revigorante
Do sol, luz da vida;
Olvida os maldizentes, de alma congelada
E solta esse teu grito apaixonado.

Ah…coração errante,
Quando encontrarás um porto de abrigo
Que acolha esse teu ansioso e incontrolável
Modo de viver e sentir?

Acho que jamais,
Porque és vagabundo,
Insatisfeito,
Insaciável
E errante.

J.C.Moutinho

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sonhar...sempre



Ventos sopram, insubmissos
Sons, que soam como cânticos
De desejos sonhados;

Por este caminho sinuoso, sem fim,
Busco o calor do seu abraço,
Antes sentido,
Agora perdido;

Quero voltar a sentir o veludo
Da carícia das suas mãos;

A ternura dos momentos belos
De aconchego;

Quero que os seus olhos
Voltem a iluminar os meus dias;

Inebriar-me com a música celestial
Dos seus murmúrios;

Recordar coisas vividas, sentados
Ao luar;

Que os ventos levem a minha voz
Bem longe,
Gritando que é possível
Ser-se feliz;

Correr como criança, pelos prados
Verdes da esperança;

Absorver os cheiros da vida
E voltar a sonhar.

J.C.Moutinho

domingo, 26 de dezembro de 2010

Página rasgada




Não me venhas com essa atitude,
Nada mais rectifica
O mal que me fizeste,
Foste agressiva, sem sentimentos,
Foste sonho, pesadelo
Talvez nunca sonhado
Ou inventado
És agora lágrima, sufocada,
Não passas de folha
Voada com o vento,
Fonte seca de paixões imaginadas,
És a flor que murchou,
Nuvem que ofuscou o meu sol,
Nem sequer és mais a ténue luz,
De um luar de inverno,
O teu brilho é penumbra
Nas minhas emoções,
És página rasgada
Do meu livro de ilusões,
Agora, segue a tua vida,
Tenta encontrar
Em outro alguém,
Que acredite em mentiras,
Tudo o que tu perdeste de mim,
Foste um engano,
Uma fraude,
Foste desilusão.

J.C.Moutinho

sábado, 25 de dezembro de 2010

Serenidade da vida



Sob a longa ponte do passado,
Corre mansamente o rio do presente,
Para o mar imenso do futuro,
Margens ladeadas por árvores,
Observando do alto das suas majestosas copas,
Tais sentinelas de vigilância.

As aves voam alegremente,
Carregando a paz nas suas asas,
Chilreando em cânticos de amor.

Díspares sons, tornam-se Verdiana sinfonia,
Os raios solares reflectidos nas águas,
Formam um espelho de tranquilidade,
A calmaria em volta é sublime,
Cores belas das flores iluminam o coração,
O ondear da vegetação
É como o acariciar da poesia,
Na alma de um poeta.

É a vida em sintonia
Com a grandiosa Natureza…

J.C.Moutinho

Aconteceu



Coisas na vida acontecem,
Sem que haja plausível explicação...
Muitas vezes, mais parecem
Partidas do nosso coração.

Conhecer-te, foi suave e curioso,
Vieste devagar, sorrindo, encantada...
Numa conversa de tom gostoso,
Mostraste-te uma pessoa educada.

Seria empatia, carinho, amizade,
Ou tudo numa simbiose perfeita...
O que digo em abono da verdade,
Tu para o meu mal, tens a receita...

És doçura, beleza, carinho,
Num misto de encantamento e sedução...
Quero sempre, ter-te bem pertinho,
Vamos juntos vivermos esta emoção.

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a