quinta-feira, 17 de março de 2011

Sintonia




Olhares que se cruzam,
Ilusões que se inventam,
Paixões que se despertam,
Emoções sentidas.
Misto de sentimentos exacerbados
Pelos desejos espevitados.

Quando o teu olhar
Encontrou o meu,
Tudo deixou de ser como antes;
Fomos a metamorfose das nossas vidas.

Foste o calor do meu deserto,
Do anseio, de areias escaldantes
Do vulcão do teu corpo.
Foste o abraço da partilha
E o beijo da paixão e do amor.
Foste a vontade da minha vontade;
Eu fui o querer do teu querer.

José Carlos Moutinho


quarta-feira, 16 de março de 2011

Os teus olhos são o luar




Porque vens com esse teu ar lânguido
De insinuante beleza,
Se te escondes por trás da lua
E os teus olhos são o luar,
Que tudo ilumina?
Sai detrás dessa nuvem branca,
Porque a sua transparência
Acentua a tua beleza franca,
Transcende a tua paixão em ardência.
Acredita que tu deslumbras,
Mesmo oculta por nuvens,
Pois o sol está em ti,
No brilho do teu sorriso,
Ainda que seja luar.
As estrelas cintilam quando passas
Porque o teu caminhar é suave,
Como as pétalas que se desprendem
Das rosas e voam.
Irradias luz, no luar dos teus olhos
E no sol do teu sorriso.
És, afinal, mulher,
Na tua força natural
O esplendor feminino.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 15 de março de 2011

Tens o sol no teu sorriso




Tens o sol no teu sorriso,
A graciosidade das gazelas,
As flores estão no teu perfume,
A alegria é a tua companheira.
És a paixão na comunicação,
Exaltas nas tuas explicações,
Enterneces quem te ouve com devoção.
Teus gestos são a emoção das emoções,
És luz que irradias sem sentires,
Causadora de olhares furtivos,
Mesmo que ouses não permitires,
Estão nos teus modos altivos.

Sei que és simples, desinibida,
Mas tens o dom de encantar,
Podes disfarçar e seres contida,
Será em vão, porque és o verbo amar.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 14 de março de 2011

Em busca de algo




Desperto do desalinho dos sonhos,
Dispo-me dos tristes pensamentos,
Deixo-me levar na doce ilusão,
Do viver com prazer e paixão.
Embrenho-me na penumbra do vazio,
Procuro o desconhecido,
E voo como ave migratória,
Na busca de paisagens imaginárias.
Quero desfrutar do esquecer
De estar aqui, ali e acolá,
Sem regras, nem tempos,
Ou com todo o tempo,
Para sentir a vida palpitar,
Como o coração
Dentro do peito,
De quem ama.                                       
Quero sentir a liberdade,
De gritar ao mundo,
Que estamos errados,
Por esquecemos de ser felizes;
Basta querermos
E dizer que a todos,
Que só queremos amar,
Viva o amor!

José Carlos Moutinho


domingo, 13 de março de 2011

Mentes que se confundem




Mentes que sonham,
Mentes que se confundem,
Mentes que se perturbam,
Ideias que se vão,
Pensamentos que se realizam.
Vontades, contra vontades,
Ideais por realizar.
Corpos que se atraem,
Corpos que se embrulham,
Corpos que se enrolam
Em devaneios consentidos, ou roubados.
Loucuras permitidas, sem explicação
Movimentos de braços,
Que se enroscam, por desejos com razão
E envolvem corpos que se desejam,
E corpos que desejam outros corpos.
Outras ideias,
Outras vontades,
Consentidas ou roubadas.
Tropel de emoções,
De sentimentos envergonhados,
Pelas mãos, motivados
Em movimentos, sem pudor
Em que tudo é ignorado,
Pela devassa de ter e querer.
Confusão de paixões,
De sentidas perturbações
Que relaxam, que enlouquecem
Que fazem esquecer,
E que nos levam a um estado de espírito
Incrivelmente maravilhoso.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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