sexta-feira, 8 de abril de 2011

Amor sem fim




Escuto os sinos da igreja, como sinfonia,
Talvez a anunciarem a tua chegada,
A emoção é enorme, minha amada,
A tua presença é a minha acalmia.

Sentir o teu perfume é fascinante,
Tenho no teu sorriso o meu sol,
No teu corpo esbelto o meu farol,
Nos teus olhos, o azul alucinante.

Quisera ter-te eternamente em mim!
Ainda que o mundo se revolte,
Beijar os teus lábios de carmesim.

Gire o mundo, que nada nos importe,
Nosso amor jamais terá fim,
Ele levar-nos-á com paixão até à morte.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Deste tempo de nada




Sou o mar bravio da minha inquietude,
Enrolo-me nas ondas do desassossego,
Afundo-me nas águas tumultuosas,
Da ansiedade em mim.
Agito-me na busca da calmaria,
Que se afasta como um pesadelo
E entro na bruma do desespero.
Abraço-me ao desejo,
De encontrar a luz protectora,
Que me liberte do nada em que me sinto.
Debato-me com os pensamentos,
Perturbadores de um estar,
Perdido no âmago do meu ser.
É o caos alucinante de uma mente,
Delirante pela incerteza,
Do tempo presente,
E insegurança do futuro.
Confunde-me o bater dos segundos,
Em cada minuto, que se multiplica nas horas,
Dos dias céleres e meses que voam
Dos anos que passam, num ápice,
Deste tempo de nada.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 6 de abril de 2011

No teu abraço o equilíbrio




Nas madrugadas vazias de ti,
Invade-me a nostalgia,
Pego na mão do vento
E voo em busca do teu sorriso,
Só ele me trará a alegria
E o sentido de viver.
É no teu beijo que encontro,
O alimento para a minha alma
E a liberdade para o meu coração.
No teu abraço o equilíbrio,
Para enfrentar os desafios temporais.
Nas ondas do teu corpo, navego
E me deito, nos instantes de solidão,
É o meu porto seguro,
Nos lapsos do tempo que se esvai.
O esvoaçar dos teus cabelos longos,
São como velas enfunadas,
Que nos levam nesta nau,
Ao ancoradouro firme,
E sublime da felicidade.

José Carlos Moutinho

Grande confusão




Hoje estava um dia de encantar,
Dia de perfeita primavera,
Talvez mais de verão,
Será que o tempo está a mudar
Ou nós é que mudamos
E não percebemos a grande confusão?
Estamos desatinados, sem saber,
Quando é uma ou outra estação.
Tudo muito embaralhado,
Primavera com muito calor,
Sem flores desabrochando,
Ou desabrocham escondidas?
As árvores só têm ramadas nuas,
As folhas virão no verão,
Ou estarão à espera do Inverno?
Assim não nos entendemos,
Eu quero que seja como antigamente,
Tudo no lugar certo.
Primavera, Verão, Outono e Inverno.
As 4 estações nos momentos certinhos
E nada de nos deixarem maluquinhos!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sai do crepúsculo



Sorrio no pensamento
Que me leva a ti.
Quero sentir o hoje do teu querer
E ser eu o prazer do teu amanhã.
A luz que te protege,
E me ofusca na minha busca
Do teu corpo,
Não me impede de te sentir.
Escondes-te por trás do invisível,
De flores ignoradas
E de cores desconhecidas,
Inebriadas pelo perfume que delas emana.
Sei que estás por perto,
Percebo o teu vibrar,
Pelo latejar do teu coração,
Sedento de paixão
E desejo de entrega,
Que tens dificuldade em conter.
Não te escondas mais,
Permite que o sol,
Se espelhe nos teus belos olhos,
Sai do crepúsculo.
Deixa que o teu corpo,
Esmoreça nos meus braços,
Porque o teu coração
Está rendido ao meu
E a tua alma, concilia com a minha.

José Carlos Moutinho

domingo, 3 de abril de 2011

Sons sem silêncio




Sons do silêncio
Ecoam na minha alma,
Embalam-me numa suave levitação,
Fazem-me sobrevoar espaços inventados,
Caminhos de sonhos que eu abraço.
Espelho-me nas águas,
Do rio viajado na minha memória.
Revejo as noites de luar,
De encantamento romântico.
As areias daquelas praias, vividas
Em momentos de paixão.
Dores esquecidas,
Amores conquistados,
Saudades nostálgicas,
Delicadas no sentir.
É com os sons do silêncio,
Que me esqueço do que me rodeia,
E simplesmente me deixo levar,
Pelo inimaginável
E perco-me totalmente,
Quando os sons deixam de ter silêncio.

José Carlos Moutinho



Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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