sábado, 2 de julho de 2011

A ti, colibri que voas em mim




Quisera ser a estrela que me fizesse brilhar
E novamente voltar à luz que te irradiava;
Desejaria sair da concavidade das tuas mãos,
Cujo brilho foi escurecido,
Por um momento de inconsciente desatino;
Peço-te que com o teu subtil carinho,
Abras as tuas mãos,
Libertes o escuro escondido nelas
E deixes voar a luz que te fascinava
E que necessitamos para nos iluminar.
Por um instante de breu, por algo que se ofuscou
Não devemos permitir,
Que se perpetue para todo o sempre;
Deixemos que as estrelas voltem a cintilar
E incendeiem o fogo das nossas almas.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O brilho das tuas pupilas




Emudeço nas palavras que te quero dizer,
Sentirás a inquietação da dúvida do meu pensar;
Viajarei a ti, como contrabandista de sonhos,
Tomarei de ti os teus pensamentos
E permitirei que penetres nos meus!
Serei a onda que te inundará o coração,
Deste mar, azul de paixão,
Com sabor de sal do prazer;
E sobrevoarei como gaivota protectora,
Nos teus momentos de fragilidade;
Serei o sol que dissipará as tuas angústias!
Esta luz reflectida no mar,
É o brilho das tuas pupilas,
Que incendeiam os meus olhos de desejo!
Quero sentir-te, no teu cheiro,
Como a maresia que me insufla os pulmões;
Quero agora ouvir-te no teu murmurar,
Qual onda, que vai beijar as areias da praia,
Nas quais faremos o nosso leito de amor.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 28 de junho de 2011

À beira do mar






Quando a minha alma entristece,
Na imensidão do desencanto,
É à beira do mar, que me liberto
Na alvorada do meu pulsar
E me levo no murmurar das suas ondas!
Se procuro encontrar na serenidade,
Do azul brilhante do sol espelhado,
É à beira do mar que eu aporto
E permito-me voar, nos pensamentos
Perfumados pela maresia!
Esvoaça o meu olhar pelo horizonte
Azulado, qual miragem;
A sensação de paz, alguma vez imaginada,
É sentida à beira do mar, onde a espuma
Se desfaz, na carícia dos meus pés,
Refresca-me no meu sentir!
A inspiração que faz pensar-me poeta,
À beira do mar a encontro,
Numa entrega delicada, qual pétala de flor
E a minha poesia surge espontânea,
Na leveza da brisa, soprada como um beijo
Vem ao meu encontro,
No crepúsculo do meu prazer,
Sentado à beira do mar.

José Carlos Moutinho

Lágrimas de felicidade




Molhas-me o rosto com as tuas lágrimas,
Como chuva fria, no inverno sem esperança;
Encostas a tua cabeça no meu peito
E choras suavemente,
É de alegria ou tristeza?
Será certamente de felicidade,
Pois até a noite está do nosso lado!
Amor, sossega e repara no luar
Que nos quer abraçar;
Sente o toque da sua luz, nos teus lábios
Como se fosse o meu beijo;
Deixa-te envolver no brilho das estrelas,
Funde o teu corpo no meu
E vamos em êxtase, voar
Num galope desenfreado,
No dorso de um cavalo alado
E vaguemos no infinito,
Agarrados, num abraço de paixão;
Descansemos no horizonte dos sonhos                                          
E sonhemos,
Que vivemos um grande amor.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Neste mar do teu querer em mim




Sob a cúpula celeste, sinto-me sereno
Neste teu mar do querer em mim;
Lanço a âncora do meu coração
E sonho nas estrelas em ti,
Cujo cintilar, me chega num beijo
E sinto a tua presença no afago do luar,
Que me envolve num abraço de ternura;
Nas suaves vagas do teu desejo,
Sou salpicado pelas gotas do teu amor,
Que tentam acalmar-me na ansiedade,
Da tua presença física que tarda;
Quero-te antes da alvorada,
Para te acariciar os teus sedosos cabelos
E mergulhar na luz dos teus olhos,
Sob a bênção iluminada da lua misteriosa;
Sinto falta do som do teu murmurar
Nascido dos teus lábios, pétalas de rosa
 Que me deixa em total êxtase;
Vem, não te demores,
Porque se a lua se esconde
Como te vou encontrar,
Neste mar que era do teu querer em mim?

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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