sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Metáforas
Sentiria eu muita alegria e total fascínio,
Se conseguisse fazer das simples palavras,
Melodias que ecoassem pelas vielas da vida
E por caminhos margeados por flores,
Impregnadas de fragrâncias de amor!
Que criasse com as palavras que eu escrevo,
Rios, por onde deslizassem nos seus leitos,
Águas cristalinas de felicidade,
E onde em cascatas, mergulhassem,
Os prazeres da paixão
Nos lagos serenos do amor!
Tivesse eu esse dom,
Acreditem que me sentiria um ser diferente,
Talvez imbuído de sentimentos raros,
Onde cada segundo do meu sentir
Fosse eternidade do meu amor!
Que fizesse do bater do meu coração,
Suspiros de desejos incontidos,
Em sintonia com o vibrar do coração
Daquela bela mulher tão amada!
Ah...se as palavras que eu queria inventar
Fossem néctar dos beijos divididos,
Abraços no calor de dois corpos,
Em constante ebulição
De paixão e anseio,
Eu poderia gritar ao mundo,
Que conseguira encontrar a felicidade
Na doçura das palavras
Metaforicamente poéticas.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Palavras soltas
Solto palavras, como
suspiros,
Que se perdem pelos atalhos
das ilusões,
Deambulam por entre sentires
Que se esvoaçam como
colibris,
Entre flores, em busca de
néctares da vida!
Mas estas palavras caladas,
Esmorecem-se pela ausência
dos perfumes
Ressequidos, pelos ventos do
tempo,
E amolecem-se em recantos de
saudade!
...E recordar como estas
mesmas palavras
Tinham a força da alegria,
Conseguiam fazer vibrar
corações
Ansiosos pela doçura, com
que as palavras
Os acariciavam...
Agora neste tempo, tão sem
tempo,
Cansaram-se as palavras,
Que de pálidas cores, vão
fenecendo,
Sem a pujança e o arrojo de
outrora,
Porque nos atalhos por onde
deambulam
Não mais encontram ilusões,
Porque estas, se perderam
nos mesmos atalhos,
Dos caminhos, onde as flores
perderam o néctar,
E a vida foi finita pelos
bicos cerrados dos colibris.
José Carlos Moutinho
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Desentendimentos
Se no esvoaçar das aves coloridas
Pelas emoções do amor incontido
Se acinzentam em nuvens de nadas,
Podem desviar o seu rumo ao futuro,
E somente a luz das estrelas
Da esperança, se fará confiança,
E trará novamente o colorido das sensações!
Toldam-se perturbados, os pensamentos,
Nas negras dúvidas que se fazem anseios,
Leva-nos à perda do encanto dos sentimentos,
Na dor que profunda, cerceia os enleios!
Amar na liberdade de cada um, tarefa árdua,
É como viver na ausência da claridade,
Onde a escuridão se torna dura mágoa,
Que leva inexorável à morte da felicidade!
Ah...como tudo é tão complicado nesta vida,
Onde caminhos de pequenos desentendimentos
Se tornam ingremes montanhas, de dor sentida,
Onde somos folhas secas sopradas pelos ventos!
José Carlos Moutinho.
sábado, 17 de agosto de 2013
Desejo
Ah...como desejei encontrar no meu correio
uma bela mensagem que me falasse do teu amor,
que me dissesse que serás minha amada, sem receio
de que o amanhã, possa trazer algum dissabor.
Que jamais me trocarias, e fosses minha para sempre,
ainda que as circunstâncias sejam bastante adversas,
mesmo que as carências te forcem a desejo premente,
nunca trocaríamos os nossos caminhos e travessas.
Bem sei que são fantasias, ilusões e quimeras,
seres humanos têm defeitos, virtudes e desamores,
o desejo de hoje é perdido pela ânsia das esperas,
até um "eterno" amor, se perde entre outros ardores.
Dirás que sou um sonhador, irrealista e ultrapassado,
é o meu modo de viver, e de ser como pessoa que ama,
para mim, amar é ser egoísta, no desejo de ser amado,
não fazendo porém, da paixão e do amor, um drama.
Com o meu carinho e amor, deixo esta informação:
conhecer-te, foi algo que me deu (dá) muita felicidade,
quando estou contigo é alegria é amor, é louca paixão,
perder-te, acredita, meu amor, seria uma fatalidade.
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Desistir de mim
Este silêncio que me murmura palavras caladas,
leva-me em pensamentos solitários em mim
para além do meu horizonte!
Perco-me na visão das folhas secas
que caem das árvores esmorecidas pelo tempo,
Vejo naquelas folhas cansadas
as vontades que de mim se esvaíram,
Tropeço neste meu caminhar
Pelo deserto do meu viver!
Quiçá aquela miragem que tremula lá longe
seja a fonte da água da vida,
escondida no oásis improvável do meu sentir!
Vagueio desorientado sob o calor
que impiedosamente me esgota o futuro,
em arritmia desordenada de esperança,
que se amolece nas areias escaldantes
e me faz render à dura realidade
do desistir de mim.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Melodias sensuais
Quero inventar melodias das palavras,
Que aconchego no papel branco do meu sentir,
Cantadas ao ritmo apaixonado do meu coração;
Farei delas, sons ímpares, jamais escutados,
Que só a minha amada conseguirá senti-los!
Em cada palavra sonharei uma cor iluminada,
De cada cor, criarei nota musical nunca tocada;
Quando todas as palavras se unirem
E na simbiose das cores com as notas,
Ouvir-se-ão os mais belos cantos de amor
Nas vozes cristalinas dos anjos,
Que ecoarão pelos céus da felicidade,
Acariciados por nuvens azuladas de emoções
E beijados pelo avermelhado sol da paixão,
Em total êxtase, onde flutuará o prazer
Da volúpia, nos acordes transformados
Em delirante clímax...
Acalmam-se os corpos suados
Pela dança sôfrega dos desejos,
Entrelaçados pelo ritmo acelerado
Dos corações;
Relaxam languidamente do delírio
Dos momentos de doce loucura,
Onde a razão cedeu o lugar
Ao prazer dos sentidos,
Nos corpos cansados,
Mas plenamente saciados.
José Carlos Moutinho.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Minha entrevista com Shirley Cavalcante
Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC)
entrevista escritor José Carlos Moutinho
José Carlos Moutinho nasceu no Sobralinho, Vila Franca de Xira, em Junho
de 1944.
Com 13 anos partiu para Angola, aonde concluiu os seus estudos
secundários.
Em 1973, saiu de Angola, para o Brasil, de onde veio definitivamente
para Portugal em 1980. Foi Delegado de Informação Médica. Nos últimos anos,
Empresário na área da restauração. Está aposentado. É membro dos “Confrades da
poesia”, “Horizontes da Poesia”, “Luso-Poemas”, “Varanda das Estrelícias”, “Academia
Virtual Sala dos poetas e escritores”- Brasil
É presença regular em vários locais de tertúlias poéticas:
É membro da ACLAL (Academia de letras e
artes plásticas lusófonas)
O seu blog de poemas:
“Não deixem de ler e apoiar a literatura, sem vós,
a nossa mensagem em forma de palavras poéticas, não passará, e sem a literatura, em especial a poesia, o
mundo será menos culto e menos sensível aos sentires da alma.”
Boa Leitura!
PARA VISIONAREM A ENTREVISTA COMPLETA, CLIQUEM NUM DOS LINKS ABAIXO.
Pense Fora da Caixa
http://penseforadacaixa.com/entrevista-jornalista-shirley-m-cavalcante-smc-entrevista-escritor-jose-carlos-moutinho/
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Liberarti http://www.liberarti.com/schede.cfm?id=2982&escritor_jose_carlos_moutinho_e_destaque_no_divulga_escritor
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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