segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Uma tela d'amor (Fado)



Com as cores da vida
pinto uma tela d’amor,
com a paixão sentida
inventarei nova cor.

Dos teus olhos azul mar,
do sorriso farei sol,
dos lábios cor de amar,
em paleta girassol.

És musa das ilusões,
do arco iris, retiro aneis
em forma de corações,
com a arte dos meus pinceis

Eu farei uma obra prima
de minh’alma sentida,
do meu amor com estima
te dedico, querida.

José Carlos Moutinho

domingo, 17 de agosto de 2014

És a minha estrela, mãe (Fado)


O teu sorriso minha mãe
está guardado em mim
e do teu carinho também
saudade imensa, sem fim.


Mãe saudosa, minha mãe,
um dia, estarei contigo,
no paraíso do Além,
serás meu porto d’abrigo.


Queria o abraço que perdi
na correria do tempo,
tanto amor que vinha de ti,
falta que tanto lamento.


Minha mãe estarás presente
no meu coração de filho,
que te amará eternamente,
és a estrela com mais brilho.


José Carlos Moutinho

sábado, 16 de agosto de 2014

Vamos por aí, amor (Fado)






Eu quero tanto, meu amor,

levar-te a passear por aí,

abraçados pelo calor

da paixão que sempre senti.



Vem comigo pelo jardim,

mãos dadas vamos sorrindo,

sentir o aroma do jasmin,

é nosso, este mundo lindo.



Ao longo do rio, vamos

felizes a cantar sonhos,

com chilreios, nos amamos

na doçura dos medronhos.



Se o rio transbordar, amor,

farei barca dos meus braços,

que te levará sem temor

até à margem  dos abraços.



José Carlos Moutinho

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Rio da saudade (fado)

Talvez...um fado.
****

Rio da saudade

Corre rio, corre manso,
pelo leito da saudade,
deixa-me ser teu remanso
nas águas da verdade.

Se contigo me levares,
farei dos teus braços meu mar,
das tuas ondas cantares,
da praia, ninho de amar.

Rio que corres sem parar
abraçado pelas margens,
não tenhas pressa de ver mar,
perderás tuas vantagens.

És a minha quietude
Em tempo de desatino,
meu amigo de juventude,
parceiro do meu destino. 

José Carlos Moutinho


Corre rio, corre manso,
pelo leito da saudade,
deixa-me ser teu remanso
nas águas da verdade.


Se contigo me levares,
farei dos teus braços meu mar,
das tuas ondas cantares,
da praia, ninho de amar.


Rio que corres sem parar
abraçado pelas margens,
não tenhas pressa de ver mar,
perderás tuas vantagens.


És a minha quietude
Em tempo de desatino,
meu amigo de juventude,
parceiro do meu destino. 


José Carlos Moutinho

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Morena de olhos azuis (fado)






Teus olhos azuis, morena

São dois lagos cintilantes

Onde eu navego, pequena,

as emoções exaltantes.



Ah… mulher dos meus encantos,

Quero amar-te para sempre,

Cantar-te meu amor em cantos,

Jurar-te este amor ardente.



Prometo morena bela

Ser o sol da tua vida,

luar da tua janela,

teu companheiro, querida.



Ai doce morena-mulher

Serei abraço na tristeza,

Não quero jamais te perder

Pois nosso amor é certeza.



José Carlos Moutinho

Povo que choras (fado)



Povo que tanto choras
as dores de alma sofrida,
tardam caladas as horas
de alegria na tua vida.

Tens triste sina pra cumprir,
neste mundo de loucura,
mas não esmoreças sem seguir
o caminho da brandura.

Um dia, sofrido povo,
voltarás a ter a glória,
pois conquistarás de novo,
do opressor, a vitória.

Cantemos povo, a uma só voz,
nossa indignação pl’as ruas,
é um direito de todos nós,
dignidade sem falcatruas.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Fui e Sou





Fui rio impetuoso, correndo pelo leito da inquietude,
fui luar sereno em noites de doce saudade,
fui sol da paixão, em instantes de amor,
fui vulcão de onde brotou magma de prazeres,
fui escudo onde explodiram palavras agressivas,
fui conselheiro de almas tristes pelo desalento,
fui réu em causas desconhecidas por mim,
fui acusado, sem nunca me poder defender,
fui invejado por quem se sente frustrado,
fui sonhador e voei pelos céus do meu querer,
fui chamado de arrogante, por quem não lê a alma,
fui ignorado por quem se diz meu amigo,
fui acarinhado, por quem eu jamais imaginaria,
fui bajulado, "idolatrado" e preterido por despeito,
fui tudo isso e muito mais, que agora não me ocorre!
Sou eu mesmo, hoje,  sem vernizes, nem cores hipocritas,
sou homem com percurso de vida digno,
sou frontal nas minhas atitudes e digo o que penso,
sou teimoso quando tenho razão e não desisto,
sou  a revolta contra a injustiça,
sou  intolerante à mentira e à falsidade,
sou uma alma que valoriza a verdadeira amizade,
sou amigo sincero e fiel do meu amigo,
sou uma criatura que jamais trai a amizade,
sou hoje um rio caudaloso, que corre sereno de braços abertos  para o mar do meu futuro,
sou a acalmia do mar onde navego os meus anseios
sou o homem que procriou, a árvore plantada e o livro realidade,
Sou simplelsmente eu, com virtudes e defeitos, mas isento de falsidade.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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