quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Nas asas de uma gaivota





Já fui nuvem solitária
e voei em muitas latitudes,
fui arco-íris do pensamento
e sol escaldante de ansiedade
fui quietude trazida pelas mãos da brisa
e já me agasalhei com o manto do luar,
respirei fragrâncias de maresia
suspirei saudades reprimidas,
abracei ventos intempestivos
amei perfumes de doces rosas
e sofri mordidas de seus espinhos,
já fui seara de ideias coloridas
e estiagem de sonhos esmorecidos…

Sou a vontade que se solta de mim,
vencedor do obstáculo encontrado,
sou a força com que me invento
e o remanso da incompreensão adversa,
sou o mar que me leva pra lá do horizonte
e a bravura das ondas do meu retorno,
e ainda sou a acalmia da alva espuma
que me vem beijar nas horas de nostalgia…

E nas asas de uma gaivota,
levo-me pelo infinito,
cruzo a via Láctea serenamente,
penso-me um ser metafisico,
despojo-me da matéria que carrego
e sorrio à luz que me desperta do sonho

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Este tempo que me inquieta






Ai…este tempo que me inquieta
e rouba as minhas emoções…
Qual a razão deste desassossego
se eu aqui à beira mar, descanso?

Ao olhar o brilho das águas
vêm à minha lembrança
outros tempos menos inquietos,
onde as minhas emoções eram livres
e eu na pujança da vida, sorria,
sorria à vida que me sorria…

Será que este tempo de agora
é também inquieto
e por isso se inquieta comigo,
ou serei eu, que nesta minha inquietude,
inquieto o próprio tempo?

Não sei responder,
nem sei se consigo pensar
vestido deste meu pensamento
em desassossego…

Sinto-me folha seca
perdida no meio dos ventos
voando aleatoriamente
em total desatino!

Gostaria de saber a razão
deste tempo que agora me envolve,
tanto desequilibra o meu sentir
e me deixa atónito e perdido
na profundeza das minhas emoções…

Talvez em algum outro tempo
eu vá encontrar as respostas
que agora faço, inquietamente…

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Este tempo que me inquieta





Ai…este tempo que me inquieta
e rouba as minhas emoções…
Qual a razão deste desassossego
se eu aqui à beira mar, descanso?

Ao olhar o brilho das águas
vêm à minha lembrança
outros tempos menos inquietos,
onde as minhas emoções eram livres
e eu na pujança da vida, sorria,
sorria à vida que me sorria…

Será que este tempo de agora
é também inquieto
e por isso se inquieta comigo,
ou serei eu, que nesta minha inquietude,
inquieto o próprio tempo?

Não sei responder,
nem sei se consigo pensar
vestido deste meu pensamento
em desassossego…

Sinto-me folha seca
perdida no meio dos ventos
voando aleatoriamente
em total desatino!

Gostaria de saber a razão
deste tempo que agora me envolve,
tanto desequilibra o meu sentir
e me deixa atónito e perdido
na profundeza das minhas emoções…

Talvez em algum outro tempo
eu vá encontrar as respostas
que agora faço, inquietamente…

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sei que o vento voltará






Porque me fugiram as palavras
levadas pelo vento que por aqui passou,
sento-me neste chão frio da inquietude…
e pela janela aberta
deixo meu olhar viajar meus pensamentos
sobre o dorso do mar que me contempla,
até ao ensolarado horizonte
na ânsia de que alguma suave  brisa
me traga em cores diáfanas,
nas asas de alguma gaivota,
a maresia inspiradora
que  solte as amarras
do entorpecimento que me prende
e enche o vazio do meu sentir!

Mas nem escuto o grasnar da gaivota,
nem a maresia me inspira,
tampouco a brisa me traz o sol
nos braços de alguma melodia
que acalme  a minha melancolia!

Só me resta esperar…
Esperar que o vento volte,
traga tudo o que de mim levou,
em especial os meus pensamentos…
Sem eles, fico despido e vazio
neste frustrante desânimo
que me invade  a alma,
me esfria o corpo
e congela a mente!

Sei que o vento voltará…

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a