terça-feira, 1 de outubro de 2019
Poesia na Galeria 3: DESERTOS
Poesia na Galeria 3: DESERTOS: DESERTOS Os caminhos estão desertos, pelo chão espalham-se folhas secas caídas das árvores cansadas pelas palavras gritadas d...
A Força de Amar
Bem sei que sou um desconhecido,
mas porque não ler um livro meu eu se falo de amores e da vida?
Peça-me A FORÇA DE AMAR
e tenho a certeza de que não se arrependerá!
Rio do Silêncio
Os meus anseios arrastam-se pelo rio do silêncio,
desfazem-se em metáforas de ilusões,
no fundo da cascata de utopias,
que choram nos salpicos de água,
como lágrimas de tristeza,
que afogam recordações,
no pó das margens secas da saudade!
Amores que se perderam na correnteza
do passado, vividos em paixões platónicas
que doíam o coração
e sufocavam a alma!
Suspirares perdidos nas brumas da incerteza,
nos abraços que não se fizeram
e nos beijos jamais beijados!
Palavras caladas na escuridão do desejo,
sorrisos perdidos,
no sopro de ventos desencontrados,
levados no desanimo da vontade cansada
e na fragilidade que fustigava a coragem
destruindo todo um querer em amar.
José Carlos Moutinho
in "Cantos da Eternidade"
"Versbrava"
Horas tardias
Perco-me no
silêncio das horas tardias
deste tempo
esmorecido,
aguardando
ansioso as alvoradas
carregadas
de energia
para que as
minhas forças
não se
esvaiam combalidas
pelos ventos
dos dias transtornados,
que se
escusam ao sol
e se escondem
nas marés obscuras
José Carlos
Moutinho
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
Os abraços
Abro os
braços
sinto o
vazio entre eles,
talvez o
mundo esteja, também, vazio,
congelaram-se
os sentimentos,
calaram-se
as vozes da harmonia...
Relembro o
tempo,
um outro
tempo, não muito distante,
em que, ao
abrirem-se os braços
facilmente
encontravam outros braços,
que se
fundiam
num sentido e
longo abraço,
e quando os
sentimentos eram exaltados
com a
facilidade da sinceridade,
e as vozes
jamais se calavam,
gritando bem
alto que a amizade,
era
verdadeira e eterna
mas que hoje
se tornou uma raridade!
Resta-me
baixar os meus braços cansados
pela
ausência de outros,
eventualmente,
também, cansados,
porque a sã
convivência
deixou de
ter a vitalidade de outrora!
O cansaço
generalizou-se
neste mundo,
tão cansado de verdade,
cedeu lugar
a outras coisas,
a que, os
sentimentos
e a
dignidade são alheios!
Estamos
(quase) todos,
hipocritamente,
cansados!
José Carlos
Moutinho
29/9/19
Ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
horas tardias
...
Perco-me no silêncio das horas tardias
deste tempo esmorecido,
aguardando ansioso as alvoradas
carregadas de energia
para que as minhas forças
não se esvaiam combalidas
pelos ventos dos dias transtornados,
que se escusam ao sol
e se escondem nas marés obscuras
José Carlos Moutinho
27/9/19
Margens do tempo
Pelas margens do tempo,
desde que esse tempo
se vestia de tropicalidade,
tenho-me levado por caminhos impolutos
evitando sempre os atalhos escusos
e as avenidas da ribalta!
As margens traziam-me
os perfumes da vida,
as cores da esperança,
permitindo-me a liberdade
e a desenvoltura da simplicidade!
Então, o tempo acolhia-me, sorrindo,
entendendo a minha singeleza,
oferecendo-me o chilrear dos instantes
que se faziam presentes
e que jamais se fariam retorno!
Os outros, aqueles...
Iluminados por si próprios,
quando me viam passar
olhavam-me complacentes,
ou quiçá, comiserativos
pela minha preferência pelas beiradas
da caminhada da vida,
que o tempo, sempre sorrindo,
me indicava como as ideais!
Hoje, continuo, serenamente,
a preferir as margens
que ao longo do tempo,
o meu tempo,
graciosamente, me oferece,
e que eu, profundamente, grato
correspondo, sorrindo.
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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