terça-feira, 10 de agosto de 2021

#Matam tudo

...
matam o tempo e a natureza
neste mundo louco e inquieto
apocalipse destruição da beleza
pelo poder ganancioso abjecto

jcm
10/8/2021

domingo, 8 de agosto de 2021

#A RAZÃO (Áudio)


 

#4 Recentes livros publicados


Escrevo com verdade e prazer
publico livros com muita emoção
obvio, vendê-los é meu dever
perdoem-me, pois, a divulgação

há quem não goste desta acção
e considere um abuso informar
talvez porque não têm a noção
da alegria que ao autor irá dar
 
José Carlos Moutinho

8/8/2021

 Estes são os mais recentes publicados




#Tenho dito

 

Tantas vezes eu tenho dito
sou por natureza saudosista
é na saudade que eu medito
e jamais me sinto pessimista

Recuo ao passado com prazer
e revivo momentos de alegria
será um modo de saber viver
recordando com muita poesia

José Carlos Moutinho
8/8/2021

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

#Cidade do meu coração


Mudaste tanto,
já não tens a simplicidade de outrora,
cresceste em altura,
no entanto permitiste-te perder
o encanto singelo de que antes te orgulhavas,
a beleza dos jardins,
o perfume das acácias,
o som poético do pregão das quitandeiras,

bem sei que tudo na vida muda
mas tu, ó cidade do meu coração,
mudaste tão radicalmente que me dói
ver-te nessa tua forçada modernidade,

perdeste a serenidade de outros tempos,
tornaste-te tão agitada que assustas
pelo caos do teu trânsito,
pela ausência das quitandeiras
substituídas pelos zungueiros,
que correm entre os carros,
arriscando a vida pelo kwanza
que lhes mate a fome,
numa absoluta anarquia!

Nem te deves lembrar mais
dos velhos e gigantes machimbombos,
(quantas saudades tenho deles),
trocaram-nos pelos candongueiros,
que, vertiginosamente percorrem-te…

Ai, Luanda, Luanda,
cidade que me viu crescer,
estás tão mudada que quase não te reconheço!

Deves saber ó cidade…
que foste a minha felicidade,
a minha alegria de adolescente
e o meu sucesso profissional,
foste tanto do pouco de mim…

desejo-te todo o sucesso
que te tornes a mais bela cidade de África,
que teu povo seja feliz!
Talvez eu não volte mais a ver-te, pessoalmente,
vejo-te, porém, frequentemente
através de vídeos e fotos
com os quais vou mitigando
estas saudades que me apertam o peito

José Carlos Moutinho
6/8/2021

Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor

#Viajo

 ...

Viajo em papiros de anseios
por mares perfumados de sol
esquivo-me das ondas de enleios
navego até ao horizonte arrebol

jcm
6/8/2021

#Calo o medo

 
...
Aquieto o meu desassossego
antes que o vento me sufoque
poderei talvez calar algum medo
que me possa levar a reboque
 
jcm 
 6/8/2021

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

#SOBRE O TECLADO


 

#Duas quadras soltas


Solto o poema como um poeta
despreocupado com o seu tema
não corro para atingir uma meta
muito menos para criar esquema

De um sonho improvável faço rio
que corra em caudais de fantasia
juro que pretendo que meu brio
seja a apologia na eventual poesia

José Carlos Moutinho
5/8/2021

terça-feira, 3 de agosto de 2021

"Lá longe

 

Escuto do longe suas vozes
ao ritmo grave do batuque
cala-te ó tempo, não gozes
acaba com esse teu truque

Longe perdido na distância
de todo um mar de saudade
não ficou sequer a bonança
no meu coração maturidade
 
O som chega-me perfumado
do aroma da terra molhada
muxima ouve meu chamado
acalma minha alma cansada
 
Passam dias e meses e anos
tão efémera esta eternidade
de momentos nunca insanos
com presença desta saudade
 
É europeu este meu coração
em África ficou a minha alma
verdade, saudade e emoção
sentir que em mim espalma
 
José Carlos Moutinho
 
3/8/2021

#Planeta em destruição


 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

"Miragens

 

Depois de longas caminhadas
numa súbita rajada de vento
fui levado pelas tardes cansadas,
perdi-me no deserto do tempo
 
Encontrei o oásis desconhecido
entre coqueiros e tamareiras
descansei meu sentido perdido
nas frescas sombras sorrateiras
 
Seriam miragens o que eu via
elegantes, caminhavam até mim
grande emoção, quanta utopia
ao ver tão belos lábios carmim
 
Belas jovens eram as odaliscas
que fizeram sentir-me sultão
minha alegria soltava faíscas
não acreditando em tal ilusão
 
José Carlos Moutinho 
1/8/2021

domingo, 1 de agosto de 2021

#Reflexões

 

Pensamentos vadios
pelos sonhos vagueiam,
serão desejos arredios
que, quiçá, alguns anseiam,
perderam-se em sóis tardios
esses, que jamais norteiam
os que se sentirem fugidios
de emoções, sentimentos vazios
 
José Carlos Moutinho 
 1/8/2021

sexta-feira, 30 de julho de 2021

#INSTANTES

#Instantes

Desnudo os medos,
solto os anseios,
agarro os sonhos...
 
levo-me na espuma do tempo
numa viagem improvável
pelo infinito das horas,
sorrio aos segundos
que pulam perante os minutos,
 
olho o distante horizonte,
perco-me entre as estrelas,
penso-me suspiro
do meu pensamento,
afasto a nuvem que esconde o sol,
calo o vento agitado,
 
faço-me refém da minha alienação
gritando ao luar
estas surreais palavras
 
José Carlos Moutinho
29/7/2021



 


quinta-feira, 29 de julho de 2021

#Acróstico (Haja Paz)

 


H ora de pensar
A mor em primeiro lugar
J á chega de tanta maldade
A vida é única, há que saber vivê-la
 
P ois ela corre tão veloz
A mar é o sentimento principal
Z angas são desnecessárias
 
Jcm 
 29/7/2021

#AMOR e GUERRA

 Um pedacinho do romance AMOR E GUERRA, cuja história estará na memória de quem por lá passou: Angola.


..."O ano de 1965 avançava, veloz, e Paula e Virgílio viviam uma dúvida. Apesar de quererem muito casar−se em Luanda, em termos logísticos não era exequível, dado que a família de ambos se encontrava na metrópole. Em Luanda tinham somente meia dúzia de amigos. Virgílio ainda marcou a data na Igreja da Sagrada Família, como era o desejo de Paula, mas depois pensaram melhor e resolveram comemorar aquela data junto do maior número de familiares e amigos possível, em Portugal."



#É o tempo

 

Ah…se eu pudesse
travar o sopro do tempo,
ou pelo menos desviá-lo,
talvez eu tivesse mais tempo
para, com menos ventania,
passear-me pelo tempo
que me foi concedido
em determinado tempo,
aquando da minha vinda
ao tempo que agora me controla,

mas, lamentavelmente
nada controlo,
nem sopro, nem vento,
muito menos o tempo
da minha vida.
 
José Carlos Moutinho 
 29/7/2021

quarta-feira, 28 de julho de 2021

#DEDOS DO TEMPO

#Anseios

 ...
Com as pontas dos dedos,
e no abraço do luar
acariciei os meus anseios,
a brisa que naquele momento passava
segredou-me ondas alvas de felicidade
dizendo-me para continuar a navegar
sobre marés de humildade
nos braços generosos do meu mar

José Carlos Moutinho 
 28/7/2021

terça-feira, 27 de julho de 2021

#SEM UM ADEUS

#Sei que nada sei

 

De todo o saber universal

sei, claramente, que nada sei
tivesse eu pretensão surreal
diria que sei mais que a Grei

A vida está em permanência
de total e inexorável mutação
só um problema de consciência
fará desconhecer esta razão

Sinto-me realmente confuso
na frente de quem tudo sabe
sinto mesmo que seja abuso
ficar onde só sabedoria cabe
 
José Carlos Moutinho 
 26/7/2021

segunda-feira, 26 de julho de 2021

#SE É POESIA NÃO SEI


 

#Meus recentes livros

Não sou famoso, nem estrangeiro, escrevo como sei, com humildade e consciente do que sei...por isso, como não pertenço a elites, tenho de ser eu a divulgar o que faço, e, acreditem, com muito prazer e respeito por quem me irá ler. A esses amigos e leitores, devo ter chegado até aqui...10 anos depois de ter lançado o 1º livro de poesia, Cais da Alma.

Estes são os meus mais recentes livros: 1 de poesia e 3 romances.
Se interessarem...aguardo a vossa comunicação.



#Eu e o poeta


 Imagem com alguns aninhos...dos bons tempos...
das tertúlias, onde a poesia andava de mãos dadas com a amizade.

#E esta, hem...

Revirei a terra, o céu e o mar
nada descobri além do vazio
tanto andei para te encontrar
que fiquei com o coração frio
 
frio de tristeza pela frustração
desespero por não saber de ti
amargura por tanta desilusão
ah...saudade que jamais senti
 
José Carlos Moutinho 
 24/7/2021

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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