segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

#Festejando

 Porque é época festiva,
relembro festivamente as minhas pequenas glórias,
feitas de livros vários, em 11 anos de caminhada pela escrita...



sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

#Se Natal fosse pão

 Ah se o Natal fosse pão
e amor…
talvez houvesse um outro sentir
nesta data religiosa,
mas...o pão escasseia em tantos lares
e a abundância é desperdiçada
em futilidades…

Todavia, se o Natal fosse pão
e amor…
e se se pensasse no significado da data,
a distribuição de bens fosse solidária,
acabasse com a fome que contrai estômagos
e com o frio que morde o corpo dos infelizes,
que as luzes do fausto
iluminasse a todos por igual,
se os abraços fossem de fraternidade
então poder-se-ia gritar alegremente
É Natal, irmãos, comemoremos!

Mas...a realidade é outra, bem diferente
desinteressadamente desumanizada,
mais fria pela indiferença
e, quiçá, pela vaidade,
valorizam-se as coisas materiais
em detrimento dos sentimentos!
 
Mas é Natal
com ou sem pandemia
com ou sem confinamento
com ou sem amor
será sempre Natal
eternamente Natal!!!
 
Aleluia, irmãos!
 
José Carlos Moutinho 
2022



segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

#AMOR e GUERRA - Romance


 

#Pensamento

Horas são momentos do tempo,
a que os minutos se entregam
rotação de eterno movimento
que pelas nossas vidas escorregam

José Carlos Moutinho
5/12/2022

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

#Saudades

 ...
As saudades colam-se ao tempo,
jamais esmorecem ou se calam
maneira de despertar sentimento
nas belas lembranças que falam

José Carlos Moutinho
30/11/2022

terça-feira, 29 de novembro de 2022

#quadrinha

 Nas sombras dos pensamentos
escondem-se cativas emoções
de anseios e tímidos sentimentos
na estrada da vida foram ilusões

José Carlos Moutinho
29/11/2022

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

# Já tive

Já tive gente que julgava serem amigos,
tive falsos amigos que não eram gente,
assim é a vida a conceder-nos castigos
para que a escolha seja mais exigente!

Há também aqueles que não parecem
mas são, na verdade, reais na amizade,
são os que, na verdade, não padecem
do terrivel defeito, chamado falsidade

José Carlos Moutinho
24/1/19

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

#Ilusão

 ...
Quem és tu ó surreal ilusão
que enganas tanta gente?
Vê se tens tento e coração
não deixes alguém doente

José Carlos Moutinho
23/11/2022

#Versos

...
Talvez houvesse inquietude
na sua forma de rebeldia
pensava-se ser infinitude
vivia a vida como fantasia

José Carlos Moutinho
23/11/2022

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

#Não reclamo

 ...
Jamais me penso poeta
só porque me chamam de tal
pois se escrevo de forma discreta
espero que não me levem a mal

As palavras são minhas parceiras
no instante em que as chamo
escrevo a sério com boas maneiras
pois com elas nunca eu reclamo

José Carlos Moutinho
16/11/2022

#Ilusões

 ...

Olho o longe na colina do horizonte
por onde esvoaçam sonhos e ilusões
nasce-me um desejo de passar a ponte
que me separa de ansiadas emoções

José Carlos Moutinho
16/11/2022

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

#ENTARDECER


 

#Fantasiar

 

Quantas vezes deixo-me eu
ser envolvido pela emoção
ausente entre o sol e o breu
escuto a voz do meu coração

Ele bate ritmado, serenamente
clamando presença de alguém
ouço,porém,os passos de gente
nada vejo, virão, quiçá, do Além
 
José Carlos Moutinho
11/11/2022

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

#Liberdade, grito eu

 Dizem que hoje é dia de Liberdade...então:


Liberdade, grito eu

Não sei se ainda terei tempo
neste meu tempo que esvoaça,
mas direi que solto um lamento
nesta nossa liberdade escassa

Poder gritar qualquer baboseira
pode ser considerada liberdade,
eu que senti dureza a vida inteira,
quero sentir uma outra realidade

Acabar a vergonhosa corrupção
dos que têm arrogância e poder,
liberdade é saúde, pão, educação,
e quando existe alegria em viver

José Carlos Moutinho
25/4/19

terça-feira, 1 de novembro de 2022

#Baú fechado

 Tantos anos esteve aquele baú fechado,
quando o abri e remexi nos velhos papéis
soltou pó do tempo que os tinha guardado,
eram belas cartas de amor, confidentes fiéis
 
O pó obstruía a visão daquelas recordações,
enquanto o sacudia, relia as doces palavras
que me haviam enchido o peito de emoções,
quando longe de mim nas ausências te calavas
 
Amareleceram as cartas, talvez pela saudade,
mas as letras estavam muito vivas e presentes,
ao relê-las, meu coração sorriu de felicidade
porque nossas ilusões nunca estiveram ausentes
 
Perante aquele velho baú, lágrimas rolaram
pelo meu rosto cansado, o tempo não perdoou,
fora a emoção que as lágrimas extrapolaram,
mas que o meu coração saudoso, feliz aceitou
 
Sentado no baú que, entretanto, acabara de fechar,
fechei os olhos, viajei pela lonjura do meu viver,
sorri feliz, na minha vida existira muito “amar”
sentimento que nestes versos acabei por descrever
 
José Carlos Moutinho
4/10/17
In “Mar de Saudade”



domingo, 30 de outubro de 2022

#Vontade inventada

 

E o pensamento esmorecido
pelo desatino do tempo provocador
deixava-lhe um vazio cansado no peito...
 
Tentava ignorar os mumúrios viajantes
feitos de palavras ocas e sem sentido,
mas, a brusquidão do vento não permitia
provocando-lhe  nervosa inquietude
 
Mas eis que a brisa apaziguadora
vinda nos braços dos sonhos
serenou-lhe a alma, aquietou-lhe os anseios
 
Agora, consciente da sua fragilidade,
Rosa olhou em sua volta,
embora receasse novos pensamentos adversos,
corajosamente, aconchegou seus medos
dentro de uma vontade inventada,
suspirou profundamente
e, resiliente, com a ousadia da ilusão
permitiu-se sair daquele estar de ausência
 
José Carlos Moutinho 
22/10/2022

sábado, 22 de outubro de 2022

#Bom dia

 Neste sentir sem sentir
enquanto o tempo passa
há a esperança no devir
e afecto de quem abraça

Se não sentes tal afecto
algo, quiçá, esteja errado
sentimento não é objecto
é bom amar e ser amado

José Carlos Moutinho
22/10/2022

terça-feira, 18 de outubro de 2022

#Apresentação de AMOR e GUERRA (Romance)

Há pouco mais de um ano, tive orgulhosamente o prazer de apresentar este romance,  
publicado pela grande editora Guerra e Paz.
Histórias de vida, sempre actuais 
e em particular para quem teve a felicidade de ter vivido em Angola.

domingo, 16 de outubro de 2022

# Duas simples quadras#

Sou anseio levado em pensamento
caminhante pelos percursos da vida
sou a verdade sem constrangimento
repudio os receios com uma cantiga

Com as palavras invento histórias
podem ser fingidas ou verdadeiras
umas de agora outras de memórias
importante é que tenham maneiras

José Carlos Moutinho
16/10/2022

#IL MIO PAVIMENTO# (O meu chão)

 O MEU CHÃO

este meu poema foi traduzido para italiano, pelo amigo Matteo de Matteo De Marzo:

Il mio pavimento

Su questa terra che calpesto,
che mi porta dolori e gioie
di questa vita fatta di sangue, sudore e amore,
di profumi di bellissimi
di fiori della speranza di nuove vite cammino, grato, sentendo il tuo battito! Cerco di inventare parole per questa terra, che mi accoglie nei momenti di delusione, mi abbraccia nella mia tristezza,
Mi sorride nella mia gioia e felicità
e ne trovo solo una, semplice, tuttavia, molto significativa nel suo valore.
Sei MAGNIFICA, terra,
per quello che offri a questo mondo,
che ti guarda e ti calpesta senza considerazione
e tu gentilmente ripaghi, il pane della vita, il vino della festa, i profumi dei fiori che incantano
gli alberi che ci rinfrescano, con la grandezza delle loro ombre!
Tu sei la terra dove giaccio stanco, sarai nel giudizio finale,
il mio letto dove ti farò mio compagno, nell'eternità del mio ultimo sonno!

José Carlos Moutinho

sábado, 15 de outubro de 2022

#FILOSOFANDO#

#Filosofando

 

Por entre as pedras de ilusões
caminhei resiliente e audaz
tantas foram minhas emoções
que descrevê-las sou incapaz
 
Porém, muitas foram as marés
que no meu mar se levantaram
enfrentei-as sem admitir revés
as fraquezas as ondas levaram
 
Mas o tempo comigo foi feliz
jamais me causou dissabores
os senãos foram-me tão subtis
no meu sentir só havia amores
 
Todavia, tudo passa, inexorável
meu caminhar alonga-se alegre
o tempo meu vai sendo aceitável
até que finitude nele se albergue
 
José Carlos Moutinho
15/10/2022

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

#Os meus poemas

 Mais um poema que resiste ao tempo...

Os meus poemas são pedaços da minha lua,
que iluminam as palavras que a minha alma escreve
são as minhas ilusões beijadas
pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas,
são letras levadas pelo vento
para onde me possam ler,
com eles vão os meus anseios
para além do meu ser
em emoções que se perdem no infinito!

Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
do meu beijo da saudade em ti;
a ausência das palavras cantadas,
são tristeza que os meus poemas choram!

Os meus poemas são o murmúrio doce
das águas que beijam o leito do rio,
na corrida para o mar!

Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
com ou sem musa,
mas todos brotam
do mais profundo do meu sentir!

Os meus poemas...
podem não ser bons poemas,
mas são o vibrar da minha paixão,
de amor entre a alma e o coração.

José Carlos Moutinho
26/7/11

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

#Redondilha menor

Nesta redondilha
sorrio ao mundo
com esta partilha
de sentir profundo

Que se calem vozes
da vulgar descrença
em tempos atrozes
maldade é doença

José Carlos Moutinho
6/10/2022

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

# Minha terra era pequena

A minha terra era ainda tão pequena
Quando certo dia de Junho, nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi

Na escassez nasci num belo palácio
Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…

Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu

Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia

José Carlos Moutinho
8/3/18


domingo, 2 de outubro de 2022

# Fui tanto de tão pouco de mim

Fui vento voado pelo deserto do tempo
e sol matizado por exóticas cores,
fui perfume de terra molhada
e cacimbo nas noites tardias,
fui kissanje dos entardeceres dos batuques
e areia das praias morenas da Ilha de Luanda,
fui o olhar de encanto pelas quitandeiras
e o fascínio do seu pregão: olha o cacuso, senhora,
fui incrédulo ao ver criança nas costas da mãe
e fui sorriso do gesto humilde daquele nobre povo,

fui coração feliz nas rebitas
e admirador da enigmática Welwitschia,
fui o viajar pela lonjura das picadas de chão vermelho
e apaixonado pela tropicalidade

fui...
felicidade que se matizou em saudade,
saudade se que se colou no meu peito.

José Carlos Moutinho
in "MAR DE SAUDADE"

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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