quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
# Delírios da paixão
olhos nos olhos,
tocam-se,
anseiam-se,
entrelaçam-se,
corações galopantes
em corropio de emoções,
mãos ansiosas que acariciam
a textura escaldante das coxas,
lábios que se roçam incandescentes!
Acoplam-se os corpos exaltados
em movimentos de vaivém
ao ritmo suave do sentir,
o sangue efervesce nas veias
em exacerbada arritmia,
soltam-se sussurros guturais em doce resfolegar!
Elevam-se pela encosta da montanha,
em delirante excitação,
agora em ritmo desatinado,
bocas coladas num sôfrego beijo
de sufocante delírio,
agitam-se num estremecer incontido,
ultrapassam as escarpas do êxtase,
atingem o cume da montanha,
em relaxante e suado clímax,
Serenam!
José Carlos Moutinho
2012
In "Erotismus
sábado, 21 de janeiro de 2023
#Orgulho
Em breve, Sonho ou Ilusão, de poesia fará parte deste meu orgulho de 15 títulos.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
#Devaneio e quimera
invento tardes solarengas
em dias de nostalgia,
e com os pensamentos em ebulição
construo castelos de nada,
crio rios de águas paradas e invisíveis,
pinto nuvens escondidas pelas montanhas
e imagino um mar imenso que,
numa estonteante miragem
se agita aos meus olhos
em ondulantes cavalgadas
sobre o dorso cintilante
daquele mar que eu imaginei,
mas que, certamente, nem existe,
e quando me sentir cansado
e saciado pela criação das minhas obras,
caminharei de pés descalços,
pela espuma da saudade
ao encontro do desconhecido
até me perder em novos pensamentos,
sob o luar que vai chegando,
e ao qual permito criar uma imagem de mim
reflectida nas areias
da minha praia imaginada
José Carlos Moutinho
16/4/19
domingo, 15 de janeiro de 2023
#Que Escola vamos ter
Talvez porque seja oportuno...o problema vem de longe!
Que Escola vamos terSou de um tempo, velho tempo
Em que a Escola tinha dignidade,
Hoje tudo muda tal como o vento
Onde tudo acontece, menos verdade
Que Escola vamos ter
É a pergunta do tema mensal
E a resposta quem a poderá dizer,
Só alguém do sistema governamental
Penso eu, porém, que certamente
Nem eles saberão responder à questão,
É tal a balburdia que se vê constantemente
Que francamente não creio em nenhuma solução
Vem ministro, sai ministro, cada cabeça
Uma sentença, que nada resolve efectivamente
Piora o ensino, fecha Escola tal como peça
De um triste teatro sem futuro decente
Eu que disto nada entendo, fico confuso
Sobre o futuro da juventude que virá,
Muda a ortografia, num autêntico abuso
Dos responsáveis que andam ao Deus dará
Sendo assim, meus amigos nada mais digo
Só sei que nada sei da Escola deste tempo,
Já muito procurei entender, mas não consigo,
Por isso deixo-me levar sereno, pelo vento
José Carlos Moutinho
1/10/16
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
#...
...
Tantas vezes sinto-me condor
levando os meus sonhos pelos céus
quantas vezes sou eu, simples voador
a pensar-me aconchegado nos braços teus
José Carlos Moutinho
9/1/2023
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
#Os meus poemas
Os meus poemas são pedaços
da lua
que ilumina as palavras que
a minha alma escreve,
são as minhas ilusões
beijadas
pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas,
são letras levadas pelo
vento
para onde me possam ler,
com eles vão os meus anseios
para além do meu ser
em emoções que se perdem no
infinito!
Os meus poemas têm no teu
olhar o sentimento,
do meu beijo da saudade em
ti;
a ausência das palavras
cantadas,
são tristeza que os meus
poemas choram!
Os meus poemas são o murmúrio
doce
das águas que beijam o leito
do rio,
na corrida para o mar!
Os meus poemas podem ser
inventados ou vividos
com ou sem musa,
mas todos brotam
do mais profundo do meu
sentir!
Os meus poemas...
podem não ser bons poemas,
mas são o vibrar da minha
paixão,
de amor entre a alma e o
coração.
José Carlos Moutinho
26/7/11
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
#Festejando
sexta-feira, 16 de dezembro de 2022
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
#Se Natal fosse pão
e amor…
talvez houvesse um outro sentir
nesta data religiosa,
mas...o pão escasseia em tantos lares
e a abundância é desperdiçada
em futilidades…
Todavia, se o Natal fosse pão
e amor…
e se se pensasse no significado da data,
a distribuição de bens fosse solidária,
acabasse com a fome que contrai estômagos
e com o frio que morde o corpo dos infelizes,
que as luzes do fausto
iluminasse a todos por igual,
se os abraços fossem de fraternidade
então poder-se-ia gritar alegremente
É Natal, irmãos, comemoremos!
Mas...a realidade é outra, bem diferente
desinteressadamente desumanizada,
mais fria pela indiferença
e, quiçá, pela vaidade,
valorizam-se as coisas materiais
em detrimento dos sentimentos!
Mas é Natal
com ou sem pandemia
com ou sem confinamento
com ou sem amor
será sempre Natal
eternamente Natal!!!
Aleluia, irmãos!
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
#Pensamento
a que os minutos se entregam
rotação de eterno movimento
que pelas nossas vidas escorregam
José Carlos Moutinho
5/12/2022
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
#Saudades
As saudades colam-se ao tempo,
jamais esmorecem ou se calam
maneira de despertar sentimento
nas belas lembranças que falam
José Carlos Moutinho
30/11/2022
terça-feira, 29 de novembro de 2022
#quadrinha
escondem-se cativas emoções
de anseios e tímidos sentimentos
na estrada da vida foram ilusões
José Carlos Moutinho
29/11/2022
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
# Já tive
tive falsos amigos que não eram gente,
assim é a vida a conceder-nos castigos
para que a escolha seja mais exigente!
Há também aqueles que não parecem
mas são, na verdade, reais na amizade,
são os que, na verdade, não padecem
do terrivel defeito, chamado falsidade
José Carlos Moutinho
24/1/19
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
#Não reclamo
Jamais me penso poeta
só porque me chamam de tal
pois se escrevo de forma discreta
espero que não me levem a mal
As palavras são minhas parceiras
no instante em que as chamo
escrevo a sério com boas maneiras
pois com elas nunca eu reclamo
José Carlos Moutinho
16/11/2022
#Ilusões
...
Olho o longe na colina do horizontepor onde esvoaçam sonhos e ilusões
nasce-me um desejo de passar a ponte
que me separa de ansiadas emoções
José Carlos Moutinho
16/11/2022
sábado, 12 de novembro de 2022
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
#Fantasiar
Quantas vezes deixo-me eu
ser envolvido pela emoção
ausente entre o sol e o breu
escuto a voz do meu coração
Ele bate ritmado, serenamente
clamando presença de alguém
ouço,porém,os passos de gente
nada vejo, virão, quiçá, do Além
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
#Liberdade, grito eu
Dizem que hoje é dia de Liberdade...então:
Liberdade, grito eu
Não sei se ainda terei tempo
neste meu tempo que esvoaça,
mas direi que solto um lamento
nesta nossa liberdade escassa
Poder gritar qualquer baboseira
pode ser considerada liberdade,
eu que senti dureza a vida inteira,
quero sentir uma outra realidade
Acabar a vergonhosa corrupção
dos que têm arrogância e poder,
liberdade é saúde, pão, educação,
e quando existe alegria em viver
José Carlos Moutinho
25/4/19
terça-feira, 1 de novembro de 2022
#Baú fechado
quando o abri e remexi nos velhos papéis
soltou pó do tempo que os tinha guardado,
eram belas cartas de amor, confidentes fiéis
O pó obstruía a visão daquelas recordações,
enquanto o sacudia, relia as doces palavras
que me haviam enchido o peito de emoções,
quando longe de mim nas ausências te calavas
Amareleceram as cartas, talvez pela saudade,
mas as letras estavam muito vivas e presentes,
ao relê-las, meu coração sorriu de felicidade
porque nossas ilusões nunca estiveram ausentes
Perante aquele velho baú, lágrimas rolaram
pelo meu rosto cansado, o tempo não perdoou,
fora a emoção que as lágrimas extrapolaram,
mas que o meu coração saudoso, feliz aceitou
Sentado no baú que, entretanto, acabara de fechar,
fechei os olhos, viajei pela lonjura do meu viver,
sorri feliz, na minha vida existira muito “amar”
sentimento que nestes versos acabei por descrever
José Carlos Moutinho
4/10/17
In “Mar de Saudade”
domingo, 30 de outubro de 2022
#Vontade inventada
E o pensamento esmorecido
pelo desatino do tempo provocador
deixava-lhe um vazio cansado no peito...
Tentava ignorar os mumúrios viajantes
feitos de palavras ocas e sem sentido,
mas, a brusquidão do vento não permitia
provocando-lhe nervosa inquietude
Mas eis que a brisa apaziguadora
vinda nos braços dos sonhos
serenou-lhe a alma, aquietou-lhe os anseios
Agora, consciente da sua fragilidade,
Rosa olhou em sua volta,
embora receasse novos pensamentos adversos,
corajosamente, aconchegou seus medos
dentro de uma vontade inventada,
suspirou profundamente
e, resiliente, com a ousadia da ilusão
permitiu-se sair daquele estar de ausência
José Carlos Moutinho
sábado, 22 de outubro de 2022
#Bom dia
enquanto o tempo passa
há a esperança no devir
e afecto de quem abraça
Se não sentes tal afecto
algo, quiçá, esteja errado
sentimento não é objecto
é bom amar e ser amado
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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