Outono chegou, tímido
De luz pálida da minha incerteza,
Folhas secas do meu desassossego
Galhos quebrados,
No caminho da insatisfação.
Chuvas, como lágrimas
De minha angústia.
Lá no alto da serra,
Na sua imponência
Uma árvore,
Choupo, sobreiro
Ou a Oliveira da paz?
Não sei..
Sei que acolhe-me,
No abraço de seus ramos,
E envolve-me no manto
Sereno de sua sombra,
Seu tronco, qual mãe
Aconchega-me,
Faz-me esquecer
O desprazer deste viver.
Árvore que tens todo o tempo,
Neste meu tempo voraz,
Desperdiçado...
Em mágoas do meu sentir
Árvore, que tudo vês
Com teus olhos em flor,
Perfumas quem passa,
Escutas quem te fala,
Sem responderes
Na tua sábia mudez
J.C.Moutinho
Como sabes, adorei o poema.
ResponderEliminarLindo.
Já cá estou como podes ver.
Faz o favor de me surpreenderes, yá?
Espero melhor. Muito melhor, apesar do presente ser bom.
És um poeta.
Beijo.
;-*
E tu és uma grande amiga..e acredita, escreves poesia com mestria.
ResponderEliminarBeijinho