quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Foi numa matinée



Foi numa matinée do Miramar,
Que os seus olhares se cruzaram,
Ela tinha no olhar o brilho das estrelas,
No seu sorriso o encanto doce,
De uma sensualidade que fascinava,
Tinha o caminhar ondulante de uma sereia,
Embalava as ondas do coração,
Mulher esbelta, morena de mil encantos,
Entrava-se na sua alma, pela sua postura
De extrema elegância,
Tinha a serenidade fascinante,
Da provocação, quando sorria
E olhava com seus belos olhos negros
Cintilantes, luz de cristal…
Mas o destino é perverso,
Quantas vezes se insurge contra a lógica
E baralha-nos as nossas vontades,
São as voltas trocadas, numa paixão
Nascida da alegria e partilha,
Tornada empatia profunda,
Transformada em amor,
Que nunca foi vivido…
Chamam amor platónico;
Mas que é isso?
Algum mal de consciência,
Ou simples timidez,
Estupidamente exacerbada?
Ou será que era um amor,
Que não tinha direito a existir?

J.C.Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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