segunda-feira, 11 de abril de 2011

Era somente sonho




Cansado, o dia chegou ao fim,
Depois de tantas alegrias e tristezas,
Desfalecido entregou-se mos braços da noite.
Encostou a cabeça ao luar, adormeceu
E sonhou:
Que o mundo estava em festa;
Não havia miséria, nem fome;
Que as crianças viviam felizes
E cantavam alegres.
Toda a gente confraternizava
Em paz, harmonia e igualdade humana.
Sonhava:
Que não haviam diferenças sociais,
Os povos não tinham cor, nem credos.
Todos lutavam pelo mesmo ideal:
Viver pacífica e salutarmente…
E continuava no seu longo sonho:
Que tinham acabado as guerras;
Que até a Terra, tinha deixado de tremer,
Não haviam mais terramotos,
Nem sequer furações,
Tsunamis, impensável!
Era o deslumbramento,
As aves que chilreavam,
Num cantarolar melódico,
Qual sinfonia de paz.
E o luar deixava que o dia sonhasse…
Não tentou sequer,
Lembrar-lhe que aquilo era um sonho;
Porque o dia estava feliz, naqueles pensamentos!
Mas a noite, deu lugar à alvorada
E o dia acordou.
Começou novamente a sua luta diária
E estava tudo como antes.
Triste e bem desperto,
Viu a realidade:
Não passara de sonho!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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