Entro no fundo dos teus olhos,
Espelho-me neles e sinto-te em mim,
No calor dos teus braços,
No respirar que me embriaga,
Do prazer que me enlouquece
E no desejo desvairado,
De emoções contidas
E ilusões inventadas;
De dois corpos que se debatem,
Numa loucura de sensações
E prazeres nunca sentidos,
Transbordantes de paixão,
Numa total perda da razão,
Em que o delírio toma conta,
Dos corpos e da mente
E se entra em total irracionalidade,
Na volúpia e luxúria inconscientes.
Após esta viagem,
De transcendentes momentos,
Os teus olhos despertam-me,
Para a realidade que não desejava.
José Carlos Moutinho
Sem comentários:
Enviar um comentário