segunda-feira, 16 de maio de 2011

Teimosia



Ainda escuto os sons roucos da minha agonia;
Ecoa em mim as tuas últimas palavras de adeus;
Na minha memória ficou aquela tarde triste,
Embora ensolarada, de um dia de Outono;
Tudo deixou de fazer sentido!
O voo suave das aves, era como ribombar
Na minha mente incrédula;
O que me rodeava,
Era de outro mundo
Estranho, exótico inexistente;
O teu sorriso de despedida,
Foi um esgar em ti de tristeza,
De displicência ou amargura!
Gravou-se-me no subconsciente
Aquele teu acenar, flácido
De braço quase caído, sem força
Querendo chamar-me,
Mas teimavas em querer demonstrar
O que não sentias, nem querias;
Preferiste o navegar no sofrimento
Que te acompanhou por anos
E que me arrastou pelo mesmo mar.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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