terça-feira, 19 de julho de 2011

Ilusão efémera




És o chão em que me deito,
Aconchego-me nas dunas do teu corpo,
Sou acariciado pelos teus dedos sedosos,
Beijado pela tua pele rósea de cetim,
Levitado no calor dos teus braços
E perdido na doçura da tua boca!

Voamos por este céu, qual estrada,
Como pássaros sem rumo,
Façamos das nossas asas, violinos,
Que nos levem no seu som melódico,
Por entre estrelas e dancemos com elas!

A cintilação do luar
Ilumina-nos nesta festa sublime,
Onde seremos astros entre astros,
Protegidos pelas luas da Terra
E com Marte como vigilante,
Embalados nas ondas celestiais,
Seremos dois seres divinos,
Por alguns momentos!
Depois…
Retornamos à nossa vida terrena
Insignificante, mundana!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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