Os ramos das árvores
Agitam-se no vento que os abraça,
No seu voo invisível;
Gaivotas esvoaçam,
Na busca do seu mar;
Crianças que brincam, em algazarra,
Skates deslizam em acrobacias,
Em lutas enfrentadas com as rampas
De madeira rasgada pelos atritos;
Gemer de rodas ao castigo infligido;
Aves que chilreiam,
Nas árvores ansiosas por sossego,
Que o vento tarda em lhes conceder;
E os skaters correm vertiginosamente,
Cruzando-se com as trotinetas,
Em perigosas e arrojadas manobras;
É uma tarde radical no parque camarário,
Quedas desamparadas pelas atitudes
De valente exibição,
Que terminam em mazelas
E dores disfarçadas;
É a juventude na sua pujança.
José Carlos Moutinho
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