domingo, 25 de setembro de 2011

Outono




O calor vai desmaiando, nos braços do tempo,
Este, lenta e suavemente dá lugar ao frio;
As cores empalidecem, matizam-se;
O sol deslumbrante e altivo,
Cansa-se do esforço da estação passada;
Caem folhas secas, cansadas da agitação estival,
As imagens tornam-se esbatidas;
A mudança climática, permite a reflexão,
Surgem poemas de folhas caídas,
De árvores desnudadas,
De alamedas sombrias, porém belas.
A inspiração aparece, como que por mágica,
Aos poetas, sôfregos de poesia encantada!
Outono, tem nos seus campos toda a tela,
Que o pintor das palavras pode encontrar;
A brisa fria que nos açoita o rosto,
Estimula-nos a apreciar com fascínio,
O que a natureza a cada canto de jardim,
Nos oferece.
Os frutos de verão foram colhidos.
As vindimas acabaram,
As videiras ficam despidas do néctar divino
Ainda virão as castanhas quentes a escaldar
E o vinho para acalmar.
Outono chegou, fresco, tímido,
Mas pode arrepender-se e causar-nos surpresas
E retornar ao verão que substituiu.
Mas Outono é eternamente uma estação
De belas e bucólicas imagens.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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