Sorrio as letras que faço beijar o papel branco
E que se fazem palavras acariciadas,
Pela vontade da imaginação criativa;
São palavras vadias nos pensamentos,
Que divagam entre o nada e o tudo,
E aconchegam a razão com a fantasia,
A ilusão com o coração
E a paixão no sonhar da alma!
Interrogo-me porque escrevo eu isto,
A que me levam estas palavras,
Feitas frases e destas pétalas de estrofes,
Em bouquets de belos poemas?
Como explicar este fenómeno,
Da mente que inventa ideias,
Transformadas em harmonia,
De alienatórias palavras,
Em beleza de encantada poesia?
Após esta admiração pelas letras,
Conjugadas em palavras,
Harmonizadas estrofes
Eis surgido o poema.
Depois deste namoro,
Entre mim, o papel e as letras,
Cujo resultado está aqui,
Vem a avaliação de quem me lê;
Dizem uns… bonitinho mas pobre,
Outros, que é excelente, bela construção poética
E os mais entendidos e radicais…
É uma nulidade, sem rima, sem métrica, sem estrutura….
Isto não é poesia!
Acariciei as letras,
Beijei as palavras,
Abracei os versos,
Para criar esta minha obra,
Submeto-me à apreciação do comentário,
Que se for sincero, mostra que não sou poeta,
Se, for por simpatia, continuo iludido que o sou,
Mas por quem sabe do tema, é diferente,
A crítica tem valor, é valiosa, qualifica…
Mas afinal, porquê quem critica, não escreve?
Sei que sou como sou, escrevo como me apetece
E continuarei a tentar poetar.
José Carlos Moutinho
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