Sufoco neste vazio que me estrangula,
Sinto-me soçobrar no silêncio que me ecoa,
Este nada que me tortura os sentidos,
Coíbe-me os pensamentos
E grita-me alertas de desalento!
Quando os sons se despertam,
Acordam-me a vontade,
De me libertar do espaço que me contém;
Amotino-me e levo-me sem destino,
Em emoções inventadas,
Por outros vazios de silêncios cantados,
De mágicas melodias silenciosas!
Na carícia de cristalinas águas por rios,
Que deslizam em leitos de pétalas,
Adormecido em sonhos matizados,
De sensações fluídas no fascínio do arco-íris,
Abraçado por luares de azul celeste
E iluminado por uma infinidade de estrelas,
Maior que o céu,
...Deixo-me levar...
José Carlos Moutinho
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