sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A chuva ao som de Adagio




Hoje o dia tem a tristeza do cinzento;
Chove lágrimas de dores sofridas,
Nos pingos de amarguras sentidas;
O soprar do vento ecoa bem fundo
Nas almas adormecidas,
Que se afogam na chuva intempestiva,
Em choros de razões desconhecidas!
E caem fortes bátegas diluvianas,
De emoções desencontradas,
Na penumbra deste tempo
Que se escurece,
Na ausência da luz escondida;
O bater das gotas fortes da chuva,
No chão que me sustenta,
Faz-me sentir profundamente
“Adagio”, bela e triste melodia,
Vibrar no meu coração
Sonhador, carente...
Por outros momentos de paz,
Na luz que trará o calor que me animará,
No sol fonte da vida,
Que seque as mágoas desta chuva,
Que não desejo.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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