Quando as horas se tornam
ociosas do meu tempo
e me levam em devaneios por
aí...
A tua imagem surge-me em
ausência,
dos instantes loucos,
acobertados pelos luares
nas noites cúmplices...
Quando o meu corpo deslizava
pelo teu
no escaldante atrito,
das resfolegantes escaladas,
como por montanha em
ebulição,
de desejos extravasados nos
suspiros!
O meu respirar que te bebia,
da tua boca sôfrega e húmida
pela paixão,
através dos teus lábios
que se ressequiam na minha
avidez!
Canso-me neste pensamento
que me transcende
na saudade daquelas horas,
jamais ociosas,
pela fogosidade da nossa
juventude!
A sensação de perda,
Da pujança de um outro
tempo,
ofusca-me agora,
neste meu tempo que célere
me ultrapassou,
mas que a saudade reavivou.
José Carlos Moutinho
A saudade reescreve os tempos que se foram.
ResponderEliminarUm grande bj