quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Portugal do nosso desalento







O meu pais está agoniado, confuso, talvez louco,
dizem que é um jardim à beira mar plantado,
que por este povo sereno, submisso, faz tão pouco,
aceitamos a injustiça, como um destino malfadado.

Deste jardim, brotam flores negras de sem-abrigo,
produz proficuamente o desemprego e infelicidade,
que fado é este, para merecermos tão grande castigo,
pobre pais que cria com injustiça tanta indignidade.

Sempre foi assim ao longo dos séculos infelizmente,
vivemos momentos fugazes de alegria e abundancia,
mais são, os de sofrimento e dificuldade premente,
somos vitimas e cobaias de políticos com ganância.

Meu Portugal, que vida tu nos dás diariamente,
mais uma vez obrigas-nos a perder a esperança,
talvez tenhamos de nos unirmos e gritar novamente,
por Grândola Vila morena, e recuperarmos confiança.

A dor deste povo é silenciosa e dolorosamente pungente,
fazem-se desabrigados, os que tinham vida confortável,
esmolam hoje os que antes era gente de vida expoente,
acordemos deste torpor, acabemos com o viver miserável.

Não nos esqueças, país de História, Honra e Glórias,
faz despertar este povo do abandono a que foi votado,
queremos que sejas sempre, a Pátria das nossas vitórias,
acaba com este desalento, queremos que voltes a ser cantado!

José Carlos Moutinho


2 comentários:

  1. Poema triste, mas muito verdadeiro. Gostei das suas palavras, retratam realmente a situação actual do nosso querido País. Esperemos que a esperança não morra e que se abram novos caminhos no futuro.

    Jovita Capitão.

    http://rainhadasinsonias.blogspot.pt/

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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