O meu pais está agoniado,
confuso, talvez louco,
dizem que é um jardim à
beira mar plantado,
que por este povo sereno,
submisso, faz tão pouco,
aceitamos a injustiça, como
um destino malfadado.
Deste jardim, brotam flores negras
de sem-abrigo,
produz proficuamente o
desemprego e infelicidade,
que fado é este, para
merecermos tão grande castigo,
pobre pais que cria com
injustiça tanta indignidade.
Sempre foi assim ao longo
dos séculos infelizmente,
vivemos momentos fugazes de
alegria e abundancia,
mais são, os de sofrimento e
dificuldade premente,
somos vitimas e cobaias de
políticos com ganância.
Meu Portugal, que vida tu
nos dás diariamente,
mais uma vez obrigas-nos a
perder a esperança,
talvez tenhamos de nos
unirmos e gritar novamente,
por Grândola Vila morena, e
recuperarmos confiança.
A dor deste povo é
silenciosa e dolorosamente pungente,
fazem-se desabrigados, os
que tinham vida confortável,
esmolam hoje os que antes
era gente de vida expoente,
acordemos deste torpor,
acabemos com o viver miserável.
Não nos esqueças, país de
História, Honra e Glórias,
faz despertar este povo do
abandono a que foi votado,
queremos que sejas sempre, a
Pátria das nossas vitórias,
acaba com este desalento,
queremos que voltes a ser cantado!
José Carlos Moutinho
Bela poesia, e necessária.
ResponderEliminarPoema triste, mas muito verdadeiro. Gostei das suas palavras, retratam realmente a situação actual do nosso querido País. Esperemos que a esperança não morra e que se abram novos caminhos no futuro.
ResponderEliminarJovita Capitão.
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