quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Pétalas de poesia





Quando um dia o sol se recusar aquecer-me
e o luar escusar-me o seu manto,
as flores deixarem de me sorrir
e as aves silenciarem-me os chilreios…

Quando um dia falarem de saudade
e quiserem saber de mim,
talvez eu não seja mais que uma estrela,
ou núvem passageira e sonhadora
vagueando pelos céus da poesia
em busca de utopias…

Quando um dia, eu não puder abraçar
um amigo e dizer-lhe da minha amizade,
talvez eu seja somente o pó
que de mim restou, nesta vida de sonhos…

Quando um dia, o meu sorriso se apagar
perdido no tempo da minha existência
e a minha presença deixar de incomodar
mentes frustradas pela minha luta tenaz,
serei certamente a luz que os iluminará…

Quando um dia…
…Eu for nada deste universo
tantas vezes perverso,
desejo encontrar um jardim florido de rimas
onde eu plante metáforas vermelhas de paixão
e colha etéreamente pétalas de poesia

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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