Correm cristalinas as águas
do rio
levam sonhos que vão
segredar ao mar
uns são suaves outros, total
desvario
galgam escombros sempre a
cantarolar
Arrastam ilusões, lavam as
mágoas
são visões de deslumbrante
fascínio
miragens inventadas sobre as
águas
ou emoções que a alma chora por
declínio
Alheio a tudo, corre o rio
imparável,
o seu leito é uma cama
inexorável
onde se deita e se deixa
deslizar…
Abraçam-no as margens, jardim
florido
onde os casais se amam, lei
de cupido,
e as águas do rio correm
sempre pro mar…
José Carlos Moutinho
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