terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Ninfa do rio





Estavas sentada numa pedra a cantar
teus pés acariciados pela água do rio,
fascinado, aquieto-me para te escutar,
teus cabelos negros voam pelo ar
deslumbrado admiro o teu corpo esguio.

Distraida não viste a minha admiração
estavas alegre, como uma criança feliz,
cheguei perto, soltaste uma exclamação
não sei se foi susto ou talvez de atração,
o que sei é que torceste teu belo nariz.

Ninfa do rio não te faças esquisita,
dá-me tua mão, para eu me segurar,
não gosto de gente que faça fita
porque a vida é célere e finita,
o melhor que temos é aproveitar.

Agora sim, sentados lado a lado,
cabeças encostadas a namorar,
toco tuas mãos num gesto delicado
olho-te com um olhar apaixonado
e namoramos até a noite chegar.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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