quinta-feira, 2 de abril de 2015

Choram as tardes





Não sei por que me choram as tardes
que me envolvem de inquieta melancolia
e forçam meu olhar a colar-se nas folhas secas
que lá fora se agitam, também elas inquietas,
num desassossego estranho e perturbado.

Não sei por que me chegam esmorecidos
os translúcidos raios do sol que se afasta
acinzentando meus pensamentos perdidos,
roubando a alegria que em mim se arrasta.

Talvez com o luar, a minha alma se alegre
e possa serenar a agitação que me domina,
resfrie o calor que de mim se solta em febre
e me faça ausentar desta minha triste sina,
iluminando o deserto árido plantado em mim
aquietando minhas ânsias num oásis de jasmin.

Olho as árvores que vão oscilando suavemente,
escuto os pássaros em voos de doce melodia,
no meu peito bate meu coração em acalmia
minha essência sorri-me em paz alegremente…
Será algum milagre e fui enlevado por quimera
ou talvez seja o perfume das flores da Primavera

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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