Abraçado à quietude de mim
olho os campos verdes
perdidos na distância do meu
sentir
e deixo os meus olhos
vaguearem
deliciados, pelas cores
silvestres!
Calam fundo no meu peito
o trinar dos pássaros!
O silêncio em que me envolvo
faz-me escutar os sons das
flores
nos sorrisos de suas cores!
Deixo-me levar na corrente
do rio, que a meus pés
murmura
melodias de fascínio e sonho!
Fecho os olhos,
correm pensamentos
quiméricos
pela minha mente enlevada,
Sinto uma cálida aragem
que afaga o meu corpo
indolente
e respiro ilusões!
Invento miragens no deserto
do meu desejo,
navego num mar inexistente
sobre ondas azuis e
silenciosas
e sossego-me
nas areias molhadas
pela espuma dos meus
suspiros
que se escoam entre os dedos
do meu sonho.
José Carlos Moutinho
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