Por que me gritas tu, ó mar
se eu tão sereno te
contemplo
e me deixo levar no teu doce
navegar
quando a nostalgia arpoa meu
tempo?
Escuta-me neste silêncio de
mim,
sussurra-me na maresia do
teu ondear
e eu perder-me-ei em sonhos
sem fim
com a música do teu contínuo
marulhar.
Sempre te admirei na tua
acalmia,
abraço-te na lonjura do teu
horizonte,
para mim és uma verdadeira
terapia
por que bebo minha poesia da
tua fonte.
Por isso ó mar, nunca te
faças tormenta,
sorri-me quando o sol te
fizer cintilante,
és melodia que a minha alma acalenta
e energia que me faz viver
cada instante.
José Carlos Moutinho
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