As tardes esmorecem-se nas
minhas saudades
Encostam-se ao meu peito e omitem
os cheiros
Inquietam-se nos instantes
da minha nostalgia
Sopram brisas que passam
silenciosas sem destino…
Pensamentos soltam-se em
turbilhão
Aglutinam-se em sonhos
perenes sem futuro
Voam vadios pelos céus da
imaginação
Em busca do que não sabem,
nem entendem…
Desatinam-se inconsoláveis
com o fracasso
Suspiram dores sofridas nas
noites eternas
Gritam palavras que se
emudecem no ar
E caem no chão, inertes de asas
quebradas…
Folhas matizadas e sulcadas
pelo tempo
Esvoaçam rindo do inverno
das ilusões
Escusam-se às mãos ávidas de
sensações
Que as tenta agarrar no seu
aleatório voo…
Anoitecem emoções, iluminam-se
esperanças
Cantam os grilos e as
cigarras, despertam os sons
Acendem-se as madrugadas com
a luz do alvor
O sol eclipsa os sonhos, e
acende a realidade da vida…
José Carlos Moutinho
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