Tu que por mim passas todo
engalanado
vestido de displicência e
enojado,
olha para mim, sou filho da
fatalidade
mas ambos somos parte da
humanidade.
Não tive sorte, a vida me
desamparou,
mas sou gente como tu, com
diferenças,
tens dinheiro, casa e gente
que te amou
eu sei sou nada, sem vida e
sem crenças.
O Natal seria lindo se sua
essência existisse,
perderam-se os valores e os
sentimentos,
solidariedade com vagabundos
é uma chatice,
uns com tanto e outros,
vivendo sofrimentos.
Viva o Natal, de paz,
alegria e muito amor
e eu gostaria de saber onde
os encontrar,
se toda a minha vida tem
sido feita de dor
peço somente alguém, para me
abraçar.
Natal de tanta luz e
futilidade consumista,
que mundo é este, negro de
desigualdade,
a humanidade veste-se de
vaidade egoísta
abraçada à arrogância,
morreu a caridade.
José Carlos Moutinho
22/12/15
O Natal perdeu a sua essência... mas talvez haja esperança em algumas almas...
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