Não sei o que me fizeram as palavras
que me levaram a este silêncio de reflexão,
no meu peito escondem-se os versos
que eu pensava ornamentar em metáforas
as paredes alvas do improvável poema,
penso que, eventualmente,
as palavras cansaram-se de mim,
ou, talvez esteja eu enfastiado com elas
por acha-las transviadas, sem sentido
pelos caminhos da translúcida poesia,
Sei lá, então, o que acontece...
mas sei com toda a certeza
que as palavras serão sempre inocentes
nas atitudes e nos silêncios,
pois...as palavras são virtude,
que, na sua inocência
permitem mimos ou aberrações
José Carlos Moutinho
26/9/19
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