Ah...poeta inquieto
que colocas nas tuas estrofes
o teu sentir desassossegado…
deixa que que a brisa passe
e o sonho se esvaneça,
porque a realidade não é utopia
e amanhã é outro dia,
sossega-te poeta dos silêncios magoados,
mas jamais cales as tuas dores
ainda que ninguém te escute
sentir-te-ás, certamente, aliviado,
Ah...poeta das ilusões,
fechas os olhos ao mundo
e pensas que todos são como tu…
como te enganas, meu sonhador,
a vida é um sonho
em constante inquietude,
tal como tu,
e só tu poderás ter a força para mudar
porque o mundo jamais o fará,
e essa tua ansiedade permanecerá em ti,
se não soltares definitivamente as tuas aflições,
ainda que o faças, somente,
para o papel onde pintas o poema,
se o fizeres, poeta exaltado,
verás que terás a fortuna
de navegar em marés de acalmia
sob o sol da esperança.
José Carlos Moutinho
1/1/2020
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