Assomam às janelas do meu
pensamento,
as recordações de um tempo,
em que os luares tinham especial
fascínio
iluminados pelas estrelas da
felicidade,
O sol aquecia-me a esperança
no futuro
e os sorrisos das garotas
eram o deslumbramento das
minhas ilusões!
Acomodado no parapeito da
janela,
o meu pensamento deixa-se
levar pelas praias
da minha adolescência,
na inocência e pureza do meu
sentir,
e pelas imagens dos rostos
das minhas paixões,
que nunca se fizeram amores,
mas que encantavam a minha
alma!
A saudade entra suavemente
no meu pensamento, que se
inquieta
pela lonjura do passado
no desejo profundo de ser
presente!
Ah…Este desvario
que me desassossega o
coração
na saudade daquele outro meu
tempo,
de ilusões e paixões
de inventados amores
ou talvez…
Amores verdadeiros
que eu negava pensá-los
porque se vestiam de
desilusões!
Ah…saudade que me atormentas
nesta minha vida inquieta
pelas memorias
que eu recuso esquecer…
E em simbiose de alegria e
tristeza
desejo viver eternamente.
José Carlos Moutinho
17/6/14
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