Caminha descalço de mágoas
pelos atalhos floridos dos seus anseios,
com os pés castigados, que, pelo tempo
se vão fortalecendo para novas caminhadas…
Olha em frente de olhos fixos no amanhã,
evita as ventanias que lhe sopram enviesadas
abrigando-se por detrás das árvores da bonomia
e quando os ventos se fizerem bonança
volta a caminhar mais afoito…
O sol que da alvorada se desprendeu
mostra-lhe campos verdejantes de esperança,
onde os seus cintilantes raios
se plantam no chão onde ele passará…
Há em cada melodia das aves
que em sua volta chilreiam,
um renovar de ânimo
que o leva a sonhar miragens
de mares e luares e de sorrisos e abraços…
De um imaginário mundo, vibrante de felicidade
onde todos os seres se congratulam com a vida!
Oh…Deus que sonhar tão maravilhoso…
de uma fracção do seu tempo
em que ele se fechou em si
e viu tudo… do que não existe.
Continuou desalentado, o seu caminhar…
José Carlos Moutinho
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