quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

# Utopia da poesia

Quantas vezes…acontece
sentar-me de frente do computador
sem ideias, sem projectos
sem qualquer imaginação…
 
Porém, vindo do nada,
surge o verso
aquela linha de escassas palavras
que consegue espoletar
a continuação de mais um verso
e, sem me aperceber
surge outro e outro e outro
 
Como o milagre
do oásis no inóspito deserto
nasce um aglomerado de palavras
num abraço de versos
embrenhados na singeleza das estrofes
 
Será poema,
será uma confusão de letras…
sinceramente…
não sei explicar este fenómeno
da criação de textos
 
Sei, todavia, com a mais pura convicção
de que escrever,
faz parte da minha essência
sem me considerar mais que alguém
não sou, absolutamente nada mais,
do que aquele que não tem o dom da escrita
 
Mas…estou convicto de que sou um felizardo
e isso dou como garantia,
com toda a minha humildade
de alma plena de felicidade
que suspira instantes de emoção
 
Estou grato aos deuses das escritas
por me terem contemplado
com este prazer meu
de criar com as palavras
ideias metamorfoseadas
em paixão, ilusão, verdade, amor
e uma infinidade de tantos sentires
que perpassam pela utopia da poesia
 
José Carlos Moutinho 
20/2/2024

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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