Sei lá porque me trocas as voltas
e me confundes no mais íntimo do meu sentir,
ó tempo!?
Tantas vezes te disse que me passes ao lado,
mas tu insistes…
insistes nessa teimosia obstinada de te manteres colado a mim
Procura outro alguém que do tempo não faça caso,
ou algo que pouco se importe contigo,
mas, por favor, aquieta-te um pouco mais em relação à minha pessoa
Reparaste, certamente, que o meu tempo está a passar veloz
por isso é que eu te peço mais paciência,
a ti, tempo do tempo intemporal
Obviamente, que estas palavras
não passam de monólogo inquieto
que irá esbarrar, inexorável, na tua indiferença…
Também te confesso, que já me é indiferente
sentir essa tua displicência para comigo,
e sabes porquê?
Vou contar-te, mas só a ti, espero que não divulgues:
o meu tempo vivido é tão agradavelmente longo,
que, qualquer outro tempo, que tu, ó tempo me concedas
considero, simplesmente, mais valia…
Assim, tempo que passas célere,
lembra-me desta conversa e…
embora eu esteja satisfeito com o meu tempo,
passa mais devagarinho…
já agora!
Obrigado, tempo amigo!
José Carlos Moutinho
Maio/2024
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