terça-feira, 11 de novembro de 2025

#AI, ANGOLA!

𝗔𝗡𝗚𝗢𝗟𝗔 𝗤𝗨𝗘 𝗙𝗜𝗖𝗢𝗨 𝗣𝗟𝗔𝗦𝗠𝗔𝗗𝗔 𝗡𝗢 𝗠𝗘𝗨 𝗖𝗢𝗥𝗔ÇÃ𝗢

AI…ANGOLA! 

11 Novembro, Angola independente
é um direito de todos ter liberdade
mas será que o povo está contente
serão felizes com a nova realidade?
 
O poder deturpa a verdade e a razão
promessas são feitas com falsidade
em momentos de empolgada emoção
perdem-se fugidios ante a verdade
 
Após tanta luta pela independência
quando tudo poderia ser acalmia
outra guerra fratricida, e violência
anulou a aquela paz que se previa
 
Sobrepôs-se arrogância à democracia
27 anos de mortes inglórias de irmãos
de um só povo, apesar de tanta etnia
perdeu-se tanto em total destruição
 
Eu que de Angola até nem sou nativo
sou-o por muito amor àquela terra
assim, deixo aqui meu desejo cativo
cresça o país em paz, sem guerra
 
Angola e Portugal, países fraternos
que a política não impeça amizade
os territórios, são sempre eternos
os povos devem viver em seriedade
 
Parabéns, Angola no teu aniversário
segue a estrada do desenvolvimento
que ao povo jamais se lese o erário
é o meu anseio feito de sentimento

 
    Alguém de alta responsabilidade, disse que, em 50 anos de independência fez-se mais que em 500 anos de colonialismo.
Ora isto não passa de uma ironia emoldurada por uma utopia em desatino.
Se, por acaso, nestes 50 anos, desde 11 de Novembro de 1975, tivessem conseguido repor o que os portugueses, construíram e deixaram em pouco mais de 20 anos, até 1974, Angola estaria realmente num caminho de progresso, onde todos poderiam viver condignamente.
Construir prédios altíssimos é pura demagogia urbanística, pois, só servem os interesses de poucos. Verdade que na construção emprega-se muita gente, mas são empregos precários e de pouca durabilidade, nada disso é sustentável.
É uma economia forte o sustentáculo de qualquer nação. Basear-se somente no petróleo, não é garantia de nada.
Angola em 1974, era um dos países, que estavam no topo da economia africana, com uma indústria diversificada por vários sectores. Vamos mencionar somente alguns:
Açúcar: Angola era o segundo maior produtor mundial de açúcar, com várias fábricas, como as de Tentativa, Catumbela e Dombe Grande.
Café: A agricultura era um pilar, sendo o café a principal cultura, com Angola a ser o terceiro maior produtor mundial.
Pesca e conservasA indústria pesqueira era forte, especialmente na Baía Farta e Moçâmedes, com actividades de pesca industrial e produção de conservas de sardinha e atum, como as da EPAL.
Alimentos e bebidas: Existiam indústrias de óleo alimentar (Algodoeira Agrícola de Angola) e uma série de fábricas de bebidas, como a Sociedades de Bebidas Espirituosas do Lobito (SBEL). Fábricas de Salsicharia
Outras indústrias: Havia também uma fábrica de pneus da Mabor e uma linha de montagem da Hitachi. 
3 Fábricas de Cerveja. E tantas mais indústrias…
A economia angolana baseava-se fortemente nas exportações agrícolas, como o algodão, café e sisal, e na exploração mineral, especialmente diamantes e petróleo. 
 
Realmente fez-se mais em 50 anos…
Haja verdade no que se diz.
 
José Carlos Moutinho
11/11/2025

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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