quarta-feira, 12 de novembro de 2025

#ASSIMETRIAS

ASSIMETRIAS
José Carlos Moutinho
Portugal

E porque não sei dos ventos

abraço as brisas que passam
suspirando quietude e nostalgia

E neste estado de emoção
lembro o tempo que passou
e sorrio ao tempo que virá

É carrossel de imenso movimento
esta vida que nos tem no colo
do futuro e da esperança

Tudo passa,
tal como a brisa que acalenta
mas, também, o vento das ilusões
e das inquietudes

Ficam, porém, na memória
as histórias de paixão e amor,
porque essas,
nem brisa nem vento as desinquieta
da acalmia em que se aconchegaram
no ninho da nossa saudade

Penso na vida, sossego o pensamento
ao ritmo do meu coração
que clama alegria e felicidade
ainda que desencadeadas tempestades
se abatam sobre o meu amigo pensamento

O meu olhar vagueia
pelo horizonte dos prazeres
talvez em busca de algo novo
que o deixe encantado


Só vislumbra, porém, agitação na rua
e o arrastar dos infelizes sem abrigo
esqueléticos de estômago vazio

Ai, vida triste de alguns,
neste mundo de injustiças,
quando tanto se esbanja
e se gasta em guerras e vaidades

Com este quadro de miséria
que o meu olhar captou
ofuscou, lamentavelmente,
o meu feliz pensamento de há pouco

Contrastes da vida, dolorosos
que nos são oferecidos a todo o instante

10/11/2025

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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