segunda-feira, 19 de abril de 2021
domingo, 18 de abril de 2021
#Jogo de palavras
Sigo sereno o meu caminho
de coração pleno de ilusões
porque não caminho sozinho
sempre desconfio das traições
A vida por vezes é tão injusta
carrega imensas amarguras
se bem que viver não custa
há situações assaz obscuras
Tanta crueldade há no mundo
onde o vício carrega cicatriz
há que fugir do tédio profundo
não é possível mudar de raiz
Tranquila é, pois, a minha vida
cultivo no jardim rosas alegria
com gestos de emoção sentida
crio perfumes em flores poesia
José Carlos Moutinho
14/4/2021
#Pensamento
Não faças das redes sociais o trampolim para sacudires as tuas frustrações, usa-as com humildade e sinceridade
quinta-feira, 15 de abril de 2021
#Gosta de romances?
Atenção...
Quer ler um romance pleno de emoções, com memórias que certamente serão as suas
e não quer pedir-me, pois poderá adquiri-lo em qualquer livraria deste país.
Fico grato da mesma maneira.
quarta-feira, 14 de abril de 2021
#Quitandeira
Escuto o pregão da quitandeira
pelas ruas de terra e asfalto
a vida não era uma brincadeira
dura, pra manter cabeça ao alto
Olha laranja, mamão, mia seôra
tem maboque, abacaxi e manga
vem senhora, meu bebé já chora
tem fome, inda vou na mutamba
E aquela mulher de pés descalços
carregava nas costas seu filhinho
calcorreava as ruas, sem abraços
levando no rosto sorriso bonitinho
José Carlos Moutinho
14/4/2021
terça-feira, 13 de abril de 2021
#Tempo de corrupção
Houve um tempo, distante…
não se falava de corrupção
talvez porque o país era de poucos,
comandados por um só mandão,
havia menos alimento,
menos escola, dita superior
e esta era facilitada a alguns,
havia mais arrogância
maiores diferenças, económica e social,
era um tempo de escuridão
de medo e...respeito,
dizia-se que o respeito
era filho do medo!
Era realmente um tempo diferente
pobrezinho, graças a Deus,
que se vestia de preto,
como se houvesse noite em cada coração
e o futuro…
que futuro(!?)…. Fosse simples ilusão
Depois...
depois houve uma mudança
tão radical como a transformação
do antes para o depois,
que de uma noite para a madrugada
trouxe outros valores
outras intenções,
tantas promessas, tantas desilusões,
e…nasceu uma nova espécie na sociedade:
os corruptos!
Agora, é um tempo bem diferente, livre,
todos (?) têm alimento e escolas
as tais, superiores,
são tantas que confundem
e outorgam diplomas a quem nem estuda…
mas há muitos doutores e engenheiros,
há mais ricos....
mas, ó terrível paradoxo
há cada vez mais pobres,
a corrupção tornou-se institucional
quem for honesto está fora de moda!
Francamente…
eu que venho do outro tempo,
passei por caminhos feitos de carências,
cruzei estradas de sucesso,
percorridas com esforço feito de suor,
cheguei a este novo tempo
pintado de democracia
e cores imaginadas de esperança,
e que vejo eu?
Miséria, gente a viver na rua,
muitos que faziam parte da classe média
pedem, envergonhados, comida
nas instituições de caridade,
e ó, Deus, voltou a circular
a soberba e a arrogância
os pseudo-intelectuais descriminam
os seus iguais, como se fossem seres excepcionais,
a vigarice é presença habitual,
feitas de habilidades dos espertos,
a honra vai-se perdendo na memória,
hipocrisia é coisa normal
a corrupção, agora é de outro nível,
de excelência tal
que nem a justiça faz justiça
porque há a possibilidade de protelar os processos
permitindo a prescrição,
mas só para quem tem dinheiro,
que possa pagar a advogados!
Não roubes um chocolate ou pão,
no supermercado que não terás prescrição.
Não gosto do tempo que estou a viver,
tenho saudades da honra e dignidade
que havia no outro tempo,
claro que não quero recordar,
o tanto de mau que havia nessa época,
só lembro e guardo em mim,
as poucas coisas que eram boas!
Que mais irei ver,
no tempo que me resta?
José Carlos Moutinho
13/4/2021
segunda-feira, 12 de abril de 2021
#Coisas simples
São frágeis os anseios
esmorecidos pela inquietudetalvez por falta daqueles passeios
que nos permitiam vislumbrar a longitude
A esperança é a alavanca que nos faz saltar
em busca dos caminhos floridos
para que a sorrir e a cantar
se soltem ais contidos
José Carlos Moutinho
12/4/2021
domingo, 11 de abril de 2021
sábado, 10 de abril de 2021
# Este longe que se afasta
Ainda hoje
tenho na minha memória
tantas lembranças que me confundem
talvez dêem para escrever uma história
pois aromas e cores jamais me iludem
Fragrância cativante da simples acácia
cheiro de terra molhada, que estranho
e o que eu digo, creiam, não é falácia
é toda a verdade de enorme tamanho
Lembro tão bem o som do batuque
que, pelas noites como mágica, soava
a melodia voava sem nenhum truque
ó misterioso sentimento que fascinava
Ah, de tanto lembro eu, com saudade
até da nudez avermelhada das picadas
coisas tão singelas e cheias de verdade
em mim, o tempo deixou-as marcadas
Resta neste longe que tanto se afasta
recordações que um dia serão finitas
porém, enquanto perenes, me basta
viver e senti-las como sendo benditas
José Carlos Moutinho
10/4/2021
tantas lembranças que me confundem
talvez dêem para escrever uma história
pois aromas e cores jamais me iludem
Fragrância cativante da simples acácia
cheiro de terra molhada, que estranho
e o que eu digo, creiam, não é falácia
é toda a verdade de enorme tamanho
Lembro tão bem o som do batuque
que, pelas noites como mágica, soava
a melodia voava sem nenhum truque
ó misterioso sentimento que fascinava
Ah, de tanto lembro eu, com saudade
até da nudez avermelhada das picadas
coisas tão singelas e cheias de verdade
em mim, o tempo deixou-as marcadas
Resta neste longe que tanto se afasta
recordações que um dia serão finitas
porém, enquanto perenes, me basta
viver e senti-las como sendo benditas
José Carlos Moutinho
10/4/2021
Reservados direitos de autor
sexta-feira, 9 de abril de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
quarta-feira, 7 de abril de 2021
quinta-feira, 1 de abril de 2021
#Divulgação
por os teus livros quereres divulgar
mas se é um trabalho teu, honrado
não entendo os que desejam criticar
No teu sofá em frente do televisor
anúncios são mais que tantos e chatos
então, suportas ou mudas de operador
jamais fazes do televisor tiro aos pratos
Há certamente falta de entendimento
quiçá, até, de sensibilidade que baste
para compreender o puro sentimento
do que divulgas, que, com alma criaste
Se, para quem te lê mostras a tua obra
com o carinho de quem ama o que fez
nem tens na mente qualquer manobra
além de lutar para conseguires tua vez
José Carlos Moutinho
1/4/2021
quarta-feira, 31 de março de 2021
#Flor encantada
Tu que te vestes de flor encantada
diz-me por favor por onde andas tu
partiste naquele dia tão zangada
tremias mais que vara de bambu
Ainda por ti chamei docemente
porém, nem sequer para trás olhaste
fiquei um momento a olhar-te calmamente
mas nem um segundo sequer paraste
Estranhei francamente tua atitude,
resolvi também virar-te as costas
a pensar que afecto não é tua virtude…
Como a vida prossegue seu caminho
nunca esperei de ti quaisquer respostas,
mesmo sentindo tão grande carinho…
José Carlos Moutinho
31/7/19
segunda-feira, 29 de março de 2021
#Amor e Guerra
Não sabes que fazer, sentes-te prisioneiro/a!?
Porque não gastas o tempo a ler e a viajar através da leitura...
lê-me, sou AMOR e GUERRA, um romance onde o amor vence quase todas as barreiras...
domingo, 28 de março de 2021
#Um dia voltei
Um dia voltei à casa
Onde eu havia guardado os meus sonhos!
Abri gavetas, só encontrei pó
Pensei ser o pó dos meus sonhos perdidos
No tempo da minha ausência
Olhei serenamente tudo em meu redor
E encontrei tanto de mim
Reflectido nas paredes amarelecidas
Pelas horas cansadas de sua viagem!
Pelos caminhos encontrei momentos vividos
Senti as gargalhadas dos amigos
No muro da curva do atalho!
Ainda lá estava a imagem dela
Onde o nosso abraço apaixonado
Se fossilizou naquelas pedras
Mais à frente no fim do atalho
Sob a mulembeira
Vi, como se tivesse acontecido naquele momento
A imagem estampada, perene, no tronco
Dos nossos juvenis rostos colados
Pelo nosso primeiro e delicioso beijo!
Um dia voltei à casa dos meus sonhos
E revivi com felicidade, sofri com saudade
Todos os momentos
Que eu havia guardado
Onde eu havia guardado os meus sonhos!
Abri gavetas, só encontrei pó
Pensei ser o pó dos meus sonhos perdidos
No tempo da minha ausência
Olhei serenamente tudo em meu redor
E encontrei tanto de mim
Reflectido nas paredes amarelecidas
Pelas horas cansadas de sua viagem!
Pelos caminhos encontrei momentos vividos
Senti as gargalhadas dos amigos
No muro da curva do atalho!
Ainda lá estava a imagem dela
Onde o nosso abraço apaixonado
Se fossilizou naquelas pedras
Mais à frente no fim do atalho
Sob a mulembeira
Vi, como se tivesse acontecido naquele momento
A imagem estampada, perene, no tronco
Dos nossos juvenis rostos colados
Pelo nosso primeiro e delicioso beijo!
Um dia voltei à casa dos meus sonhos
E revivi com felicidade, sofri com saudade
Todos os momentos
Que eu havia guardado
Bem aconchegados dentro do meu peito
José Carlos Moutinho
In "Mar de Saudade"
#Um Sentir
...
Sou cada instante do meu respirar,
sou saudade do que vivi,
sou sorriso que me leva ao futuro,
sou brisa que a tempestade pode levar.
Quem sou, afinal, se não simples ser que o Universo acolheu?
sábado, 27 de março de 2021
sexta-feira, 26 de março de 2021
#palavras simples
...
Coloquei as palavras em quarentena
armazenei meus versos em ficheiros
as metáforas numa prateleira pequena
e com as quadras fiz turísticos roteiros
jcm
26/3/21
quinta-feira, 25 de março de 2021
#Muito Cansado
Estou cansado deste tempo
que teima em continuar parado,
que nos ausenta da liberdade
e do sorriso que nos alegrava a alma,
estou cansado de ver rostos mascarados
como se vivêssemos um Carnaval
fora de época,
estou francamente cansado
por não conseguir ver as emoções
nos rostos suados,
ocultados
por insuportáveis máscaras,
estou tão cansado dos noticiários
e do jogo de palavras
onde se misturam mentiras
e verdades
como se todos nós, povo,
fossemos crianças
ignorantes e estúpidas,
já não suporto
a saga das vacinas,
que serão dadas e não são,
que vêm e não vêm
que foram pagas e não entregues,
que esta farmacêutica não cumpriu
que a outra mentiu
e que a desta, tem de ser acautelada!
Por favor, ó tempo que me iluminas
tira-me deste filme
e leva comigo todos os que estão fartos
desta vida de confinamentos
e desconfinamentos
onde o civismo e a total ausência do mesmo
são confrontos habituais
nesta sociedade de vaidades e egoísmos!
Estou absolutamente farto
dos xicos espertos
que contrariam o trabalho
daqueles que lutam por nós
que provocantemente se bamboleiam por aí
tornando este tempo mais complicado
num absoluto desrespeito pelos outros!
Confesso-me farto de tudo isto
desolado por não conseguir
vislumbrar um risonho horizonte,
onde a luz da esperança
acabasse com esta luta tão desigual
que fez refém toda a humanidade.
José Carlos Moutinho
25/3/2021
quarta-feira, 24 de março de 2021
# Ah, poeta
Para quem
escreves tu, ó poeta
se as tuas palavras são ignoradas,
será que estás a fazer a coisa certa
não sentes que são desprezadas?
Ah...poeta, sei que não queres ver
e insistes nesse teu sonhar doentio
colocas nos poemas todo o teu ser
como se poesia fosse o teu plantio,
claro que a vida é feita de opções
até para caminhar é preciso sorte
poderá a escrita alentar emoções
ou para escrever há que ser forte?
Podes até, ó poeta, estar errado
pensar que tua escrita tem valor,
por fazeres, sonhador obstinado
da poesia a tua paixão, teu amor!
Pergunto-te eu, poeta, por acaso
irás tu, um dia deixar de escrever
quiçá, desalentado, pelo descaso
se nem uma palavra têm a dizer?
Ficaste sem saber responder, creio
entendo-te tão bem, meu amigo
é tão complicado esse teu meio
só posso dizer que estou contigo!
José Carlos Moutinho
24/3/2021
se as tuas palavras são ignoradas,
será que estás a fazer a coisa certa
não sentes que são desprezadas?
Ah...poeta, sei que não queres ver
e insistes nesse teu sonhar doentio
colocas nos poemas todo o teu ser
como se poesia fosse o teu plantio,
claro que a vida é feita de opções
até para caminhar é preciso sorte
poderá a escrita alentar emoções
ou para escrever há que ser forte?
Podes até, ó poeta, estar errado
pensar que tua escrita tem valor,
por fazeres, sonhador obstinado
da poesia a tua paixão, teu amor!
Pergunto-te eu, poeta, por acaso
irás tu, um dia deixar de escrever
quiçá, desalentado, pelo descaso
se nem uma palavra têm a dizer?
Ficaste sem saber responder, creio
entendo-te tão bem, meu amigo
é tão complicado esse teu meio
só posso dizer que estou contigo!
José Carlos Moutinho
24/3/2021
terça-feira, 23 de março de 2021
"Mistura de águas
Nas águas turvas de certo rio
correm suspiros, dor e gritos
caudal com a força do desafio
voz rouca, dolente dos aflitos
há, porém, naquele mesmo rio
águas cálidas e, transparentes
correm paralelas em dias a fio
mistura de emoções latentes
deslizam, pois, as duas águas
em silêncio assaz, perturbante
simbiose de sorrisos e mágoas
que o mar acolherá indiferente
como o rio é a estrada da vida
são dois os caminhos a seguir
o do amor, bondade garantida
e o da cruel maldade pra fugir
José Carlos Moutinho
23/3/2021
#Sentires
Abomino os ventos da arrogância
assim como marés de superioridade
na brisa onde se ausenta petulância
sente-se a felicidade da humildade
a verdade e o amor são a militância
do caminho a trilhar p’la humanidade
José Carlos Moutinho
23/3/2021
segunda-feira, 22 de março de 2021
#Loucos
Vamos esquecer este tempo
tão cinzento e inquietante
a Primavera será instrumento
da libertação mais exultante
os dias têm sido tormentosos
para aqueles que amam a vida
enquanto os menos cautelosos
loucos vivem com atitude exibida
José Carlos Moutinho
22/3/2021
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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