Grito ao vento que me assobia,
que me liberte destas amarras,
que me prendem os sonhos
e me deixe voar nas suas asas
de liberdade,
por aí, ao encontro de um
lugar,
onde as vontades sejam
respeitadas,
as verdades não sejam ilusões!
Quero soltar esta dor que me
aperta o peito,
respirar o ar da alegria,
navegar por rios de esperança
e abraçar o mar da serenidade!
Quero iluminar a minha alma
com o sol que se espelha nas
águas
e flutuar nas ondas do meu
sossego!
Esta ansiedade que me invade,
me manipula na frustração do
meu querer,
leva-me por céus inquietantes,
em pensamentos nebulosos
do meu sentir,
que me mergulham e afundam
nas águas do meu mar sereno.
José Carlos Moutinho