quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Amarras





Grito ao vento que me assobia,
que me liberte destas amarras,
que me prendem os sonhos
e me deixe voar nas suas asas de liberdade,
por aí, ao encontro de um lugar,
onde as vontades sejam respeitadas,
as verdades não sejam ilusões!
Quero soltar esta dor que me aperta o peito,
respirar o ar da alegria,
navegar por rios de esperança
e abraçar o mar da serenidade!
Quero iluminar a minha alma
com o sol que se espelha nas águas
e flutuar nas ondas do meu sossego!

Esta ansiedade que me invade,
me manipula na frustração do meu querer,
leva-me por céus inquietantes,
em pensamentos nebulosos
do meu sentir,
que me mergulham e afundam
nas águas do meu mar sereno.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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