domingo, 17 de maio de 2020
sábado, 16 de maio de 2020
sexta-feira, 15 de maio de 2020
Fechei os olhos
...
Fechei os olhos
permiti-me ver-me dentro de mim,
encontrei a serenidade cristalina
das águas do mais belo lago
onde me navego,
esperançoso,
por uma longa viagem
na harmonia tranquila da vida
José Carlos Moutinho
15/5/2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
Ai, o melro
Hoje o melro cantou para mim
certamente que se enganou,
mas gostei de ou ouvir assim
não sendo eu, para quem cantou
Havia naquele cantar, muito amor
que o negro melro soltava pró ar
talvez fosse para alguma Leonor,
a quem ele quisesse encantar
Francamente, nem me interessa
com prazer continuei a escutar
a cantoria do melro sem pressa,
não sabia que melro sabe amar
José Carlos Moutinho
14/5/2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
terça-feira, 12 de maio de 2020
Escuta o vento
Tu que por aqui passas,
escuta...
não...não é a mim,
falo do vento,
escuta o seu murmúrio
como se te quisesse falar
talvez tenha algo para te contar,
escuta, simplesmente,
fecha os olhos,
sente o afago da sua passagem
no teu rosto…
depois...lentamente, abre os olhos
olha em teu redor,
e diz-me se não te sentes importante
só porque conseguiste escutar a voz do vento
e sentir a sua carícia invisível?
Diz-me, sinceramente
e se confirmas...
então, pensa que a vida tem tanto de bom
mas que quantas vezes ignoras...
e são estas coisas simples da natureza
que nos dão a felicidade de viver
e nos fazem sentir mais humanos!
José Carlos Moutinho
12/5/2020
domingo, 10 de maio de 2020
Livres como a liberdade
Escrevo estes versos singelos
só porque é dia 10 de Maio,
porque se não fosse este o dia,
podem crer que os escreveria
de qualquer modo,
a escrita, não tem dia, nem hora
tem um momento próprio
que, por vezes,
nem depende da mão,
dos escrevinhadores como eu,
mas sim da inspiração,
que alguns eruditos dizem não existir,
e que eu, leigo na coisa, penso contrariamente!
Por isso e só por isso
hoje, que por acaso, é 10 de Maio,
os escrevi tão singelamente,
como a minha inspiração,
que se aconchega,
na singeleza da vida
e, inesperadamente, se soltou, livre
em palavras simples,
perfumadas de sentimentos
e voarão por aí, livres,
tão livres como a liberdade!
José Carlos Moutinho
10/5/2020
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
sábado, 9 de maio de 2020
Clausura
Esta clausura que tanto me olha
com olhos cintilantes de saudade,
diz-me que tudo é uma escolha
que a vida oferece com realidade
E se a minha clausura é caseira
penso naqueles que é hospitalar,
confinados em dor tão traiçoeira
e eu com tanta sorte no meu lar
José Carlos Moutinho
9/5/2020
Não sabia
Se eu soubesse,
ai, se eu soubesse
que o tempo cronológico era assim
tão veloz e insensível,
teria feito tudo de outra maneira...
não perderia tempo com futilidades
e aproveitaria esse tempo em paixões
e amores ainda que o tempo os limitasse,
tentaria eu de algum modo
enganar esse tempo
desviando-me dos instantes
controlados pelo tempo,
com toda a minha garra,
enganá-lo-ia ignorando-o,
e faria tudo o que eu quisesse,
somente com o meu tempo,
que, utopicamente, eu retiraria
do outro tempo,
o tal cronológico,
ai, se eu soubesse
e…pudesse!
José Carlos Moutinho
9/5/2020
sexta-feira, 8 de maio de 2020
quinta-feira, 7 de maio de 2020
cristais de maresia
Meus pensamentos
são cristais de maresia
que flutuam, aconchegados,
nas asas da brisa,
mas quando se inquietam
tornam-se vendavais, todavia,
passageiros,
que rapidamente se abrigam
em qualquer porto da serenidade
7/5/2020
Zanguei-me com o poema
Zanguei-me com o poema
marcara encontro com ele
mas porque me faltou tema
fiquei na minha, ele na dele
Sei que mais tarde ou cedo
virá ele falar comigo, discreto
ele sabe que não tenho medo
e o que faço é que está certo
Sempre chegámos a consenso
desde há tantos e tantos anos
eu do poema nunca dispenso
sua presença, são meus planos
José Carlos Moutinho
7/5/2020
quarta-feira, 6 de maio de 2020
Booktrailler de "A FORÇA DE AMAR"
Romance "A FORÇA DE AMAR"
onde a paixão e o amor se confundem, tornando a ficção uma realidade.
Envio a quem me pedir, ofereço os portes de correio.
Sou o que sou
Fui canoa no Tejo
jangada no Quanza,
fui aventureiro em florestas
e pensador na solidão,
fui o sonho que nunca sonhei
e escritor nascido da ousadia,
fui a inquietude da juventude
e a timidez nas emoções,
fui arrojado nas caminhadas
que me levaram vencedor às metas!
Sou o que sou e nada sou,
sou a frontalidade da acção
na honestidade exigida,
sou simplesmente passageiro
nesta viagem de tempo limitado
na carruagem do meu tempo...
José Carlos Moutinho
6/5/2020
terça-feira, 5 de maio de 2020
Não me grites
Por favor não me grites
acalma esse teu mau feitio
peço que não te estiques
olha que podes cair no rio
Quando estiveres serena
conversaremos como amigos
podemos ter conversa amena
e assim evitamos sarilhos
Mas se por acaso teimares
só me resta mandar-te passear
se mesmo assim não te calares
mando-te de uma vez pro mar
José Carlos Moutinho
5/5/2020
Tempo louco
Pela calada do tempo
os anos correm,rapidamente
os meses giram contra o vento
as horas não são como antigamente
Tudo corre como a velocidade da luz
que saudades do outro tempo
se nos atrasamos, catrapuz
meu Deus que tormento
José Carlos Moutinho
5/5/2020
Língua Portuguesa
Escreveu o poeta um certo dia
a minha língua é minha Pátria,
embora seja verso de poesia
na essência há paixão Mátria
A minha língua é meu caminho
leva-me bem longe pelo mundo
com ela jamais estarei sozinho
entre nós existe amor profundo
José Carlos Moutinho
5/5/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 4 de maio de 2020
Fragilidades
Fragilidades
O tempo é de fragilidades,
tais folhas secas desvalidas,
somos, por vezes, levados
pela insanidade do momento
ao encontro da instabilidade,
mas...logo o discernimento
se revolta e impõe a regularidade
da caminhada,
que se faz caminhando,
sem retrocesso,
porque vida é a improbabilidade
do retorno,
sigamos em frente, confiantes,
pois diariamente temos mutações
que o tempo, que é nosso, nos oferece
a cada dia de sol ou luar,
porque é assim que se faz o viver
na serenidade de poder olhar o mar
José Carlos Moutinho
4/5/2020
domingo, 3 de maio de 2020
Até sempre, MÃE
Alguns anos se passaram
desde que partiste, mãe querida,
ficou em mim esta saudade
que me faz viver na tua lembrança
chorando a escusa dos beijos que não te dei
e dos abraços
que eu não tinha tempo para receber
quando querias dar-mos…
agora minha doce mãe,
peço-te desculpa das minhas ausências
porque sei que sempre me perdoaste
mesmo quando evitava
ouvir os teus queixumes!
Mas tu, mãe querida,
sempre, mas sempre, estiveste no meu coração
e eu sentia em mim a tua protecção invisível
em todos os movimentos da minha vida!
esta doce saudade,
do teu sorriso, do teu carinho,
do pão que recusavas à tua boca
para me dares,
quando, num certo tempo,
as dificuldades eram mais que muitas,
triste sorte de quem nascera neste pobre país!
Agora aqui, nesta distância das memórias,
escrevo-te estas singelas palavras,
imbuídas de profundo amor
e recordo o doloroso momento
da tua partida, aliás, serena,
e do teu rosto lindo, sorridente,
numa despedida feliz…
sim, creio que partiste feliz
nas asas de um passarinho de amor!
Até um dia, minha "eterna" velhota,
aceita o meu abraço de ternura
e um beijo doce,
como se eu ainda estivesse no teu ventre,
não ligues às lágrimas que deslizam
neste momento pelo meu rosto,
são de paixão e profundo amor,
minha querida e doce MÃE.
José Carlos Moutinho
3/5/2020
Saudades, mãe querida
Mãe, minha querida...a saudade é imensa, não faltará, quiçá, muito tempo
para voltarmos a estar juntos. novamente
sábado, 2 de maio de 2020
Ainda que...
Ainda que se alonguem os dias
num tempo de esmorecimento
há que afastar as coisas arredias
para que haja menos sofrimento
Tudo acontece nesta nossa vida
que, tal como numa longa estrada
percorremos de forma aguerrida
com alegria e resiliência abnegada
José Carlos Moutinho
2/5/2020
sexta-feira, 1 de maio de 2020
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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