sábado, 13 de junho de 2020
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Que por mim passou
Sou o tempo que por mim passou
nos dias que me sorriram,
e nas tardes que me criticaram,
pelos meus caminhos de antanho
que se estenderam aos actuais,
fui e sou tropeços inesperados
e cansaços sofridos,
beijos dados em noites de luar,
paixões levadas nas asas do vento,
amores sentidos
e amores escusados,
sou o barro que o tempo moldou
na essência da minha existência,
sou o sonho que o tempo não controla,
porque sou rebeldia
na contrariedade
e fraternidade nas atitudes!
Talvez se o tempo não fosse tão célere
algo de mim fosse diferente,
mas a minha frágil condição humana
esculpiu-me à sua imagem.
José Carlos Moutinho
8/6/2020
quinta-feira, 11 de junho de 2020
Vem
...
Vem falar-me das açucenas
e traz contigo o seu perfume
que seja por segundos apenas
só para eu sentir o teu lume
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 10 de junho de 2020
DIA DE PORTUGAL
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Luis de Camões
DIA DE PORTUGAL
Tão grande foste, meu Portugal
porém, cá dentro tão pequeno,
há em ti uma incapacidade tal
que te tire de lamacento terreno
Tantos anos eu já vivi, nesta vida
muitos contigo outros lá por fora,
raramente encontrei força sentida
para tirares este povo da penhora
Hoje, 10, comemoramos o teu dia
com patriotismo, és a nossa terra,
esperemos que acabe esta agonia
de quem vive numa eterna guerra
José Carlos Moutinho
10/6/2020
terça-feira, 9 de junho de 2020
Escuta o silêncio
Não digas nada...
escuta somente o murmúrio das folhas,
que falam entre si,
bem sei que não as entendes,
também elas não te entendem
nem se preocupam contigo...
porque tu, que agora silenciaste,
por respeito ao murmurar das folhas,
sabes do valor da natureza
com seus cânticos inocentes,
porém, de extrema importância para ti...
e para todos os que teimam
em não escutar as árvores
9/6/2020
segunda-feira, 8 de junho de 2020
Sou suspiro
Se eu não fosse simples suspiro
talvez o mar me cantasse melodias,
mas neste mundo onde eu respiro
há tantos poetas e poucas poesias
Quando o suspiro de mim se for
serão as nuvens o meu manto,
irei só, missão cumprida, sem dor,
na vida, fiz-me ausente do pranto
José Carlos Moutinho
8/6/2020
sábado, 6 de junho de 2020
Eram vermelhos
Eram esguios aqueles caminhos
por onde a minha juventude passou,
eram vermelhos sem pergaminhos
de um tempo que muito me ensinou,
perfumados quando a chuva os molhava
nas tardes quentes e densas de verão,
o calor sufocava, porque a noite tardava
a copa da mulembeira era a salvação,
daquela terra, aiué, sinto saudade tanta,,
lá eu não nasci, mas cresci e feliz vivi,
há em mim um sentimento que canta
o poema de exaltação pelo que lá aprendi
José Carlos Moutinho
6/6/2020
sexta-feira, 5 de junho de 2020
Este rio
As cidades cantam o rio
que as atravessa,
rio que afogava nas suas entranhas
as dores de alguns
e transformava o suor em pão de tantos
Sobre o seu corpo
deslizavam dolorosamente os rabelos
carregando o néctar da vida,
num serpentear cansado
por entre vales e montanhas,
vindos de tão longe…
O seu caudal beija os pés das arribas
que sustentam em delicado equilíbrio
a vinha rendilhada!
Este rio de tantas canções
é hoje um senhor,
veste, vaidosamente, roupa lúdica,
deixa-se navegar por barcos de luxo,
sorri orgulhoso aos turistas
e amigavelmente
permite que os velhos rabelos
desfilem garbosos,
esquecendo mágoas
e tormentas de outros tempos
José Carlos Moutinho
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
quinta-feira, 4 de junho de 2020
CALEMAS - poesia
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Mais calma
Será que a anormalidade do tempo
transformará as pessoas em anormais,
ou o tempo com tanto desalento
transforma alguma gente em irracionais?
Talvez nem o tempo seja anormal
já que é algo que não possui alma,
os que a possuem não mostram sinal
para, na pandemia, terem mais calma
José Carlos Moutinho
4/6/2020
quarta-feira, 3 de junho de 2020
domingo, 31 de maio de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
Sou inquietude
Sou um inquieto rio de águas cristalinas
e de corrente impetuosa,
sou a força do vento
que voa nas asas da esperança,
sou o sorriso do sonho
que veste seda dos meus anseios,
sou o abraço
da sinceridade do tempo fugidio,
sou rio, sou mar,
sou sonho, sou vento...
sou o abraço
que sustenta ilusões do meu eu
30/5/2020
Emoções
Ainda que o vento sopre desalento
há em mim uma brisa que sossega,
vivo serenamente este meu tempo
feliz pelo que minha história alberga
Visto-me de tecido da simplicidade
honra-me com orgulho meu percurso,
minha vida é alicerçada na verdade
sem necessitar de qualquer recurso
José Carlos Moutinho
30/5/2020
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Se não for eu, quem o fará?
Se não for eu, quem o fará? Ninguém, obviamente, portanto...
Estes foram os meus últimos livros publicados,
duas ousadas caminhadas pela prosa, em forma de romance.
Dirão alguns que sou um "chato" por estar sempre a divulgar as minhas obras.
Para esses, respondo com simpatia:
se não for eu a fazê-lo quem o fará, se sou um "desilustre" desconhecido
quinta-feira, 28 de maio de 2020
quarta-feira, 27 de maio de 2020
domingo, 24 de maio de 2020
#Abraço o meu tempo
Quero acariciar com mãos macias
o meu tempo
que se esvai rapidamente,
esquecendo-se, quiçá, que ainda estou aqui,
peço-lhe em murmúrio que fique um pouco mais,
uns meses,
não...será melhor uns bons anos...
o tempo suficiente para que eu tenha tempo
para, num abraço de gratidão,
dizer ao tempo
da minha satisfação e alegria
pela generosidade do tempo
me deixou crescer
e me permitiu que agora,
com as minhas mãos agradecidas o acaricie!
Será sonho, quimera desejada
ou utopia improvável,
mas acredito que este meu tempo,
o de agora,
este que me envolve no meu presente,
estará a ouvir-me
e talvez, sei lá, por compaixão,
demore mais tempo a partir de mim,
até já lhe disse
que gosto de estar com ele
nesta comunhão de profunda amizade!
Abraço-te, tempo meu.
José Carlos Moutinho
24/5/2020
sábado, 23 de maio de 2020
Como se fosse poema
Que sei eu do tempo
se o vento nada me diz
porque hei-de saber do futuro
se a alvorada me protege de ardis
Que sei eu do tanto saber
se felicidade é mais importante
basta-me o pouco do tanto que sei
para seguir meu caminho doravante
José Carlos Moutinho
23/5/2020
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Em tempo de ilusões
Nos braços das ilusões
aconchegam-se utopias
às vezes voam emoções
mas não sempre, tem dias
Todavia viver sem as ditas
pode ser grande a tristeza
há que expulsar as desditas
pois a vida é feita de beleza
Caminhando pelos anseios
de espírito aberto ao vento
alegria viver-se sem receios
esquecer que corre o tempo
José Carlos Moutinho
21/5/2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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